Exército avalia normalidade na fronteira com Venezuela, apesar de bloqueio
Apesar do bloqueio temporário imposto pela Venezuela na fronteira com o Brasil nesta sexta-feira (10), o Exército brasileiro considera a situação em Pacaraima (RR) como normal. Não houve aumento de tensão que justificasse o reforço imediato na operação militar na região.
A interrupção do trânsito de veículos foi determinada pelo lado venezuelano no mesmo dia em que Nicolás Maduro tomou posse para seu terceiro mandato presidencial, em meio a controvérsias eleitorais. Fontes militares brasileiras relatam que bloqueios desse tipo são comuns em momentos de instabilidade política na Venezuela e esperam que a reabertura da fronteira ocorra nos próximos dias.
Historicamente, os períodos de fechamento resultam no aumento da entrada ilegal de venezuelanos pelo Brasil, que utilizam trilhas para evitar os controles migratórios. Após a reabertura, o fluxo de veículos retidos tende a aumentar, com uma média de 300 a 500 pessoas atravessando diariamente a fronteira em condições normais.
No final de 2023, a fronteira em Pacaraima recebeu reforço militar devido às tensões entre Venezuela e Guiana na disputa pelo território de Essequibo, uma região rica em petróleo e gás. O Exército ampliou sua presença, com um aumento de 10% no efetivo no Comando Militar do Norte e no Comando Militar da Amazônia, passando de 27 mil para 30 mil militares.
O Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima também foi reforçado, passando de 70 para 130 homens. Além disso, foram enviados 28 blindados, mais de 100 viaturas, equipamentos e armamentos para fortalecer a segurança em Roraima.
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