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Expresso Gardênia afirma que só consegue pagar funcionários se vender linhas


A Expresso Gardenia solicitou novamente autorização para vender suas linhas de ônibus, ressaltando que essa medida é crucial para que a empresa consiga pagar os funcionários. A questão foi discutida em uma reunião realizada na Superintendência Regional do Trabalho na última segunda-feira (12), em Belo Horizonte (MG), cujas deliberações foram divulgadas apenas na terça-feira (13).

Desde a suspensão de seus contratos, a empresa já demitiu pelo menos 200 trabalhadores. Além da venda das linhas, a reunião abordou o pagamento das quitações trabalhistas, tanto para os demitidos quanto para aqueles que permanecem empregados. Estiveram presentes representantes dos trabalhadores, da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Seinfra), o juiz responsável pela recuperação judicial da Gardenia, e um representante do Ministério do Trabalho. A empresa reforçou que a venda das linhas é a única solução viável para quitar as dívidas trabalhistas.

Em nota, a Seinfra afirmou estar disposta a analisar rapidamente qualquer proposta da Gardenia que garanta uma solução operacional segura e eficiente para os usuários.

A Expresso Gardenia, que atende 107 municípios e transporta quase 2 milhões de passageiros por ano, enfrentou dificuldades após a suspensão de suas linhas em maio, decorrente de fiscalizações pela Seinfra e pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). Essas dificuldades resultaram em um prejuízo estimado de R$ 4,5 milhões, que poderia chegar a R$ 6 milhões se as operações não fossem retomadas. Mais de 200 funcionários já foram demitidos, e a empresa estima que esse número poderia dobrar.

No início de julho, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve a decisão da Seinfra de suspender as linhas da Gardenia por 90 dias, apesar de um recurso interposto pela empresa. A Gardenia atribuiu suas dificuldades à suspensão dos contratos com o Governo de Minas e fez um apelo para que os serviços fossem retomados, pelo menos parcialmente, para gerar receita e cumprir suas obrigações trabalhistas.

No final de julho, a empresa informou ao Ministério do Trabalho que só conseguiria pagar os direitos dos funcionários demitidos se seus pedidos à Seinfra fossem atendidos. A Gardenia tinha até o dia 30 de julho para apresentar uma proposta de pagamento aos trabalhadores demitidos e pediu à Seinfra autorização para a alienação e transferência de parte dos contratos.
Fonte: G1

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