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Estudo aponta: 53% das vítimas de acidentes de moto são entregadores; sequelas e custos preocupam o sistema de saúde

entrega perigosa
Foto: Reprodução
Uma nova pesquisa da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) revela dados alarmantes sobre a segurança de entregadores que trabalham com motos no Brasil. Segundo o levantamento, realizado em 45 hospitais públicos de emergência, mais da metade das vítimas de acidentes de moto são motociclistas que utilizam o veículo para o trabalho. No ano de 2023, o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, registrou mais de 5,700 atendimentos a vítimas de acidentes de moto, reforçando a crescente preocupação com a segurança e as condições de trabalho desses profissionais.
A pesquisa revela que os acidentes com motos representam 66% dos atendimentos ortopédicos nessas unidades de saúde. As fraturas fechadas correspondem a 40% desses casos e exigem internações de até uma semana. Em casos mais graves, como as fraturas expostas (18%), o tempo de hospitalização se estende entre oito a quinze dias. Já para vítimas com politraumas — aqueles que sofrem várias fraturas simultâneas —, o tempo médio de internação ultrapassa duas semanas, frequentemente demandando cuidados intensivos.
Sequelas Permanentes e Alto Custo para o Sistema de Saúde
As consequências dos acidentes são severas: cerca de 8% das vítimas sofrem perda de mobilidade permanente, e 3% têm membros amputados, enquanto 39% convivem com dor crônica devido aos ferimentos. O impacto desses acidentes vai além do sofrimento pessoal; eles representam um peso significativo ao sistema de saúde. O presidente da SBOT, Fernando Baldy dos Reis, destaca que as longas internações e a necessidade de intervenções cirúrgicas complexas para reabilitar esses pacientes geram um alto custo financeiro. “São cirurgias caras, que exigem pinos, hastes, placas e parafusos. Isso sem contar os custos pessoais, como afastamento do trabalho ou até perda da condição laborativa”, afirma Baldy.

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