Economistas Afirmam que Alta Dependência de Benefícios Sociais Indica Problemas na Economia do Brasil

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Economistas renomados têm discutido que a crescente dependência da população brasileira de programas sociais pode ser um sinal de alerta para problemas econômicos mais profundos. Em análise recente, eles apontam que o aumento da adesão a benefícios como Bolsa Família e o Auxílio Gás, ambos destinados a oferecer suporte às famílias de baixa renda, indica a existência de uma “doença econômica” que afeta o país.

O economista e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Marcos Lisboa, afirmou que a dependência de benefícios sociais reflete uma falta de crescimento econômico sustentável e oportunidades de emprego no setor formal, o que coloca o Brasil em uma posição vulnerável. “Programas de apoio são necessários para a inclusão social, mas o que precisamos é de uma economia capaz de oferecer empregos e crescimento”, explica Lisboa, apontando a importância de reformas estruturais.

Esses programas sociais representam cerca de 1,5% do PIB, segundo o Ministério da Fazenda. Embora tenham sido essenciais para reduzir a pobreza extrema e auxiliar milhões de brasileiros, os economistas afirmam que sua expansão sem um crescimento econômico paralelo pode agravar a situação. Além disso, dados do IBGE indicam que 33% dos brasileiros estão atualmente fora do mercado formal de trabalho, fato que pressiona o sistema de assistência social e evidencia desafios na criação de postos de trabalho.

O cenário levanta preocupações sobre o equilíbrio fiscal e a necessidade urgente de reformas que incentivem o crescimento sustentável, com investimentos em educação e capacitação da população para que esta possa acessar melhores oportunidades no mercado de trabalho.