Vice-prefeito é preso em operações contra corrupção no Hospital das Clínicas e secretarias da prefeitura de Itajubá, MG
Vice-prefeito de Itajubá é um dos suspeitos de envolvimento no esquema. Além do hospital, investigação aponta que vice-prefeito também desviava recursos superfaturando serviços de manutenção dos veículos do executivo.
Na manhã desta terça-feira (20), o vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho, foi preso durante duas operações deflagradas pelo Ministério Público, visando desvios de recursos públicos e privados do Hospital das Clínicas, além do superfaturamento de serviços da frota veicular de secretarias municipais.
As operações, nomeadas de "Transfusão" e "Sepulcro Caiado", resultaram na emissão de 10 mandados de prisão, sendo quatro preventivas e seis temporárias, além de 25 de busca e apreensão. As diligências estão ocorrendo em Itajubá, Campos do Jordão (SP) e São José dos Campos (SP).
De acordo com o promotor do Ministério Público, Eduardo Machado, entre os detidos estão o vice-prefeito Nilo Baracho, um empresário e quatro administradores do Hospital das Clínicas de Itajubá.
A operação "Transfusão" investiga desvios de recursos públicos e privados do Hospital das Clínicas, supostamente consentidos por alguns administradores em favor do atual secretário de Saúde e vice-prefeito de Itajubá. As acusações incluem organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.
Por sua vez, a operação "Sepulcro Caiado" visa desvios de recursos públicos através do superfaturamento de serviços de manutenção da frota veicular das Secretarias de Saúde, Educação e Obras de Itajubá. O município teria realizado pagamentos por serviços não executados, mediante a falsificação de notas fiscais de peças não utilizadas nos veículos, com o envolvimento de agentes públicos, incluindo o secretário de Saúde e vice-prefeito.
As operações
As investigações foram conduzidas pelas promotorias de Justiça de Itajubá, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público, ambas da regional Pouso Alegre.
A prefeitura declarou, por meio de nota, estar à disposição para colaborar com as investigações e confia na imparcialidade dos investigadores para continuar seu trabalho nos últimos três anos.
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