Dez estudantes que estavam em ônibus que tombou seguem em estado grave
Dez estudantes de São Tiago (MG) seguem internados em estado grave após o tombamento de um ônibus de turismo no último domingo (13), na BR-418, em Carlos Chagas, no Vale do Mucuri. O acidente envolveu 51 alunos da Escola Estadual Afonso Pena Júnior, que estavam a caminho de Porto Seguro (BA) para celebrar a formatura do ensino médio. Um dos alunos, que havia trocado de lugar minutos antes do acidente, teve o braço amputado.
Henrique Santiago de Almeida, de 17 anos, um dos estudantes, relatou a dor de ver a viagem dos sonhos se transformar em um pesadelo: "Foi uma viagem que planejávamos desde o fim do ano passado. O acidente foi uma fatalidade que ninguém esperava", disse ele.
O ônibus tombou pouco antes de chegar ao município de Carlos Chagas, resultando em cenas de pânico e desespero entre os alunos. Para os pais, que estavam em São Tiago, o trauma foi igualmente devastador.
Danielle Martins de Souza, mãe de uma das estudantes, contou como a filha foi uma das primeiras a ligar, relatando o acidente.
A troca de lugares entre Henrique e Cauã, outro estudante, acabou sendo crucial. Henrique sentou-se no lugar que seria violentamente atingido, o que resultou na amputação do seu braço. Segundo seu tio, Ricardo Alessando da Mata, o jovem sempre teve um comportamento exemplar, com notas excelentes e o sonho de entrar na Aeronáutica, um plano que agora precisa ser reconsiderado.
Os pais dos alunos alegam negligência por parte da empresa de turismo contratada, destacando a falta de suporte e informações após o acidente. Muitos relataram que ficaram sem notícias dos filhos por horas.
A Secretaria Municipal de Educação de São Tiago organizou uma rede de apoio psicológico para os alunos e familiares, e uma festa de formatura será realizada, embora uma nova viagem esteja fora de questão.
As empresas envolvidas no acidente, Beira Alta Turismo e Prisma Turismo, afirmaram estar prestando suporte às famílias, incluindo hospedagem e transporte para os alunos e seus parentes. No entanto, os pais dos estudantes prometem responsabilizar as empresas pelos danos causados.
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