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Descarte correto de e-lixo pode preservar recursos naturais, dizem especialistas

Descarte correto de e-lixo pode preservar recursos naturais
Divulgação
Brasil: 5º maior gerador de lixo eletrônico no mundo descarta apenas 3% corretamente

Celulares, televisores, pilhas, computadores e outros dispositivos tecnológicos têm colocado o Brasil no topo de um ranking preocupante. O país é o quinto maior gerador de lixo eletrônico (e-lixo) no mundo, segundo a ONU, mas apenas 3% desses resíduos têm o destino adequado para reaproveitamento.

De acordo com o relatório “Monitor Global E-lixo”, a produção de resíduos eletrônicos cresce cinco vezes mais rápido do que a capacidade de reciclagem. Em 2022, a geração global de 62 milhões de toneladas de e-lixo poderia ter evitado a extração de 900 milhões de toneladas de minérios, caso reciclada corretamente.

No Brasil, cerca de 2,4 milhões de toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos são gerados por ano, colocando o país na segunda posição das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos. Este cenário foi tema da ExpoCatadores, o maior evento de reciclagem no país, que ocorreu em São Paulo e discutiu soluções para o problema.

O impacto do descarte incorretoAlém de reduzir a vida útil dos aterros sanitários, o descarte inadequado de lixo eletrônico provoca contaminação ambiental. “Esses resíduos possuem metais tóxicos que podem causar bioacumulação, afetando humanos e outros seres vivos”, explica Leonardo César, engenheiro ambiental da Reeecicle.

Sandra Oliveira, catadora do Centro de Reciclagem Cooplum, em Maceió (AL), enfatiza que a falta de conscientização é um dos maiores desafios. A cooperativa onde trabalha coleta gratuitamente aparelhos como geladeiras e computadores, encaminhando-os para empresas especializadas em reciclagem.

Tecnologia a favor da reciclagemProjetos como o TechBack BB, apresentados na ExpoCatadores, mostram que a tecnologia pode ser uma aliada na conscientização e gestão dos resíduos. Com o auxílio de Inteligência Artificial, o sistema identifica os materiais presentes em produtos descartados e calcula o impacto ambiental positivo do reaproveitamento, como a economia de água e a redução de emissões de gases do efeito estufa.

Após a coleta, os resíduos passam por processos de manufatura reversa e remanufatura, recuperando materiais como cobre, ouro e alumínio para serem reinseridos na cadeia produtiva. “Isso evita a extração de recursos naturais e contribui para a preservação ambiental”, completa Leonardo César.

Como descartar corretamentePara contribuir com a solução, os cidadãos podem levar equipamentos obsoletos ou quebrados a Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) em suas cidades. Projetos como o TechBack BB estão em expansão e buscam facilitar o acesso a esses pontos, promovendo o descarte consciente e a preservação do meio ambiente.
Fonte: BrasildeFato

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