A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que vai entrar na Justiça com uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Neto, por calúnia nas declarações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro.
Durante depoimento, nesta quinta-feira (17/8), Delgatti afirmou que Bolsonaro, em 2022, teria garantido um indulto ao hacker em troca de uma operação fake contra as urnas eletrônicas. Delgatti iria criar um código-fonte de mentira para simular uma falha no equipamento de votação durante as manifestações do 7 de setembro.
O esquema também seria tratado com o alto escalão das Forças Armadas. Delgatti afirmou que teria ido ao Ministério da Defesa cinco vezes para aprender sobre as urnas, a mando de Bolsonaro. “A ideia inicial era de que eu inspecionasse o código-fonte, só que eles explicaram que o código-fonte ficava somente no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e apenas servidores do Ministério da Defesa teriam acesso a esse código”, disse.
Delgatti Neto, conhecido como hacker da 'Vaza Jato', afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu para que ele assumisse ter grampeado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O homem está preso justamente por ter inserido um mandado de prisão falso no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o magistrado.
De acordo com o hacker, ele não realizaria o grampo, mas assumiria a responsabilidade por ele. Delgatti contou aos parlamentares que Jair Bolsonaro afirmou que o grampo foi feito por agentes internacionais. No entanto, nunca chegou a ter contato com o material, afirmou.
fonte: Estado de Minas
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