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Câmara aprova convite para ministro explicar sobre viagem da 'dama do tráfico'


Reprodução

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou, na segunda-feira (20), um convite para que o ministro da Cidadania e dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, preste esclarecimentos sobre a visita de Luciane Barbosa Farias, que ficou conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, até um congresso em Brasília, com despesas custeadas pela pasta.
O caso de Luciene veio à tona após reportagem do Estado de S.Paulo mostrar que ela participou de audiências públicas com secretários do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ela é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, que foi preso em dezembro do ano passado no Amazonas.
Em relação à pasta comandada por Silvio Almeida, os deputados querem que o ministro explique o motivo de ela ter as passagens diárias pagas pelo governo federal para estar presente em evento em Brasília no início deste mês.
Os requerimentos foram apresentados pelos parlamentares Adriana Ventura (Novo-SP), Carlos Jordy (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Junio Amaral (PL-MG) e Kim Kataguiri (União Brasil-SP). Os textos previam que o ministro fosse convocado, mas chegou a um meio-termo no colegiado para que fosse transformado em convite - nesse caso, não há obrigação de comparecimento.
Na última semana, por meio de nota, o Ministério havia dito que "o pagamento de passagens e diárias foi feito a todos os participantes de um evento nacional, com orçamento próprio reservado ao Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) e cujos integrantes foram indicação exclusiva dos comitês estaduais", realizado nos dias 6 e 7 de novembro.
A nota salientava ainda que o "Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania é composto por 11 colegiados que, assim como o CNPCT, tem autonomia administrativa e orçamentária", e que "nem o ministro [Silvio Almeida], nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento".
Diferentemente das visitas que ocorreram na pasta de Segurança Pública, a viagem de Luciene às custas da pasta de Silvio Almeida aconteceu em outubro deste ano, após ela ser condenada em segunda instância a dez anos de reclusão por associação ao tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ela recorre do caso em liberdade.
Fonte: O Tempo

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