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Comitê Olímpico da Austrália condena petição online contra atleta do breaking

O Comitê Olímpico da Austrália saiu em defesa da atleta Rachael Gunn, que se tornou famosa na Olimpíada de Paris-2024 em razão do desempenho abaixo do esperado na estreia do breaking no programa olímpico. A entidade condenou um abaixo-assinado online que pedia uma retratação de Gunn e do próprio comitê olímpico do país após a atleta virar meme nas redes sociais.
Diretor-executivo do comitê australiano, Matt Carroll classificou o documento como "vexatório, enganoso e intimidador" nesta quinta-feira e disse que a entidade enviou um pedido formal para o site change.org remover de sua plataforma a petição online contra a atleta. Até a manhã desta quinta, o abaixo-assinado já contava com mais de 45 mil assinaturas que alegam que Gunn "manipulou" os processos de classificação para a Olimpíada.
Carroll também afirmou que a petição "contém inúmeras falsidades projetadas para gerar ódio contra uma atleta selecionada para a equipe olímpica australiana por meio de um evento de qualificação e por um processo de nomeação transparentes e independentes".
"É vergonhoso que essas falsidades inventadas por uma pessoa anônima possam ser publicadas dessa forma", disse Carroll. "Isso equivale à intimidação e assédio e é difamatório. Estamos exigindo que seja removido do site imediatamente. Nenhum atleta que representou seu país nos Jogos Olímpicos deveria ser tratado dessa forma".
A b-girl Rachael Gunn, que usa o nome artístico de Raygun no breaking, viralizou nos últimos dias da Olimpíada devido à fraca apresentação que fez na estreia da modalidade em Paris-2024. Ela não obteve um ponto sequer nas três disputas que participou, acumulando uma derrota no total por 54 a 0.
Mais do que os placares, o que chamou a atenção foram os movimentos incomuns que ela fez no palco da disputa. Os vídeos foram acompanhados por especulações e fake news sobre a atleta, que é pesquisadora da cultura do breaking e professora da Universidade Macquaire, em Sydney. Apesar do desempenho nos Jogos, ela era a quarta colocada no ranking mundial antes de Paris-2024.
Uma das especulações era de que a australiana havia decidido se apresentar na Olimpíada como parte de um estudo acadêmico a ser realizado por ela mesma. Nesta quinta, o Comitê Australiano não negou nenhumas fake news especificamente, mas alegou que muitas histórias foram inventadas em torno da atleta.
"A petição despertou ódio público sem nenhuma base factual", disse Matt Carroll, que negou que a atleta tenha cargos na gestão das entidades ligadas ao breaking no país. "Rachael Gunn não ocupa nenhuma posição na AUSBreaking ou na DanceSport Australia de nenhuma forma. Ela é simplesmente uma atleta que competiu no evento de qualificação que venceu."
Fonte: O Tempo

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