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Coluna Prevenção em Pauta - 06/11/2024




Acidentes Domésticos com Crianças:

Identificando Riscos e Promovendo a Prevenção


Acidentes domésticos estão entre as principais causas de lesões e internações de crianças no Brasil e no mundo. Eles ocorrem de maneira silenciosa e rápida, e prevenir é a palavra-chave para garantir a segurança dos pequenos. Por isso, é fundamental que pais, familiares e cuidadores estejam cientes dos principais riscos e tomem medidas para garantir a segurança do ambiente doméstico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define acidentes domésticos como incidentes não intencionais que ocorrem em casa ou nas proximidades. Esses acidentes podem resultar em fatalidades, onde crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos são os mais vulneráveis, devido à sua fragilidade e falta de consciência dos perigos.


Riscos Mais Comuns

Os acidentes mais frequentes envolvendo crianças em casa são quedas, queimaduras, intoxicações, sufocamento e afogamento. Esses incidentes podem ocorrer com crianças de todas as idades, mas o tipo de risco tende a ser mais elevado em certas faixas etárias.


Medidas Prevenção de Acidentes

1. Quedas

O risco de quedas em crianças está relacionado ao seu desenvolvimento e habilidades motoras e cognitivas em diferentes idades. Com o crescimento, novas formas de explorar o ambiente surgem, aumentando a exposição a quedas.


Bebês (0 a 1 ano)

Crianças (1 a 4 anos)

Crianças (4 a 6 anos) Pré-escola

Crianças (6 a 14 anos) Ensino fundamental

2. Queimaduras

Principais Causas de Queimaduras em Crianças

2.1 Líquidos Quentes - como água fervente, leite ou café, especialmente em crianças pequenas que ainda não têm controle total sobre seus movimentos.

2.2 Chamas e Fogo - Contato com fogo de velas, lareiras, fogões e isqueiros é uma das causas mais graves de queimaduras. As crianças são naturalmente curiosas e podem se aproximar de fontes de fogo sem entender o risco.

2.3 Objetos Quentes - como panelas, ferros de passar roupa e secadores de cabelo podem causar queimaduras de contato se deixados ao alcance das crianças.

2.4 Produtos Químicos - são produtos de limpeza, solventes e produtos químicos de uso doméstico podem causar queimaduras químicas se ingeridos ou se entrarem em contato com a pele.

2.5 Exposição ao Sol - Queimaduras solares são comuns em crianças que ficam expostas ao sol sem proteção adequada.


Medidas de Prevenção:

Ao cozinhar, use as bocas de trás do fogão e mantenha os cabos das panelas virados para dentro. Guarde fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças. Não ascender velas; Cuidado com líquidos quentes, mantenha-os longe das bordas das mesas e bancadas.


3. Intoxicações

Principais Causas de Intoxicação em Crianças

3.1 Produtos de Limpeza e Químicos - Substâncias como detergentes, desinfetantes, água sanitária e produtos de higiene pessoal estão frequentemente ao alcance das crianças e são responsáveis por uma parte significativa das intoxicações.

3.2 Medicamentos: Muitos medicamentos têm aparência atrativa para as crianças, e a ingestão acidental pode ocorrer quando os medicamentos são deixados ao alcance.

3.3 Plantas Tóxicas: Algumas plantas de casa e de jardim podem ser venenosas se ingeridas. As crianças, por sua curiosidade, podem experimentar a ingestão de folhas ou frutos.

3.4 Alimentos Perigosos: Além de alergias alimentares, algumas crianças podem acidentalmente ingerir alimentos estragados ou impróprios para consumo.

3.5 Álcool e Produtos com Álcool: Bebidas alcoólicas e produtos como perfumes ou loções que contenham álcool podem ser perigosos se consumidos.


Medidas de Prevenção:

Guarde produtos de limpeza, medicamentos e produtos químicos em armários altos e, de preferência, trancados. Nunca transfira produtos tóxicos para embalagens de alimentos ou bebidas. Fique atento a plantas tóxicas e mantenha-as fora do alcance das crianças.


4. Sufocamento e Aspiração Principais Causas de Sufocamento e Aspiração em Crianças

4.1 Alimentos: Pequenos pedaços de alimentos, como uvas, balas, nozes, pipoca e pedaços grandes de carne, podem obstruir as vias aéreas. Crianças pequenas, especialmente aquelas com menos de quatro anos, são as mais vulneráveis a esses riscos.

4.2 Objetos Estranhos: Brinquedos pequenos, moedas, peças de jogos e outros objetos pequenos podem ser facilmente colocados na boca e resultar em aspiração ou sufocamento.

4.3 Materiais Inadequados: Brinquedos e produtos que não são apropriados para a idade da criança, especialmente aqueles com peças pequenas, aumentam o risco de sufocamento.

4.4 Brincadeiras Improvisadas: As crianças costumam explorar o ambiente de maneiras inesperadas. Brincadeiras que envolvem correr e comer ao mesmo tempo podem levar a acidentes.

4.5 Desconhecimentos sobre o Risco: Crianças menores não têm a capacidade de entender os perigos associados a certos alimentos ou objetos, o que aumenta a chance de acidentes.


Medidas de Prevenção:

Supervisão durante as refeições, principalmente em escolas e creches; Observação com crianças próximas a objetos pequenos, como moedas, brinquedos e alimentos redondos. Cuidado com sacolas plásticas e bexigas, pois podem causar sufocamento. No berço, prefira lençóis ajustados e evite brinquedos grandes, travesseiros e cobertores pesados. O bebê deve dormir de barriga para cima, em berço certificado, com colchão firme, sem travesseiro, protetor ou cobertas soltas. Em último caso, as cobertas apenas deverão ser utilizadas da cintura para baixo.


5. Afogamento

Principais Causas

de Afogamento

5.1 Falta de Supervisão - A ausência de um adulto supervisionando, mesmo por um breve descuido pode resultar em acidentes fatais.

5.2 Ambientes Aquáticos Não Seguros - Piscinas não cercadas, lagos e rios sem sinalização adequada ou cuidados de segurança aumentam o risco. Ambientes aquáticos naturais podem ter correntes fortes e profundidades variadas que as crianças podem não perceber.

5.3 Inexperiência ou Falta de Habilidades de Natação - Crianças que não sabem nadar ou que não têm experiência em nadar em ambientes aquáticos podem se sentir inseguras.

5.4 Uso Inadequado de Equipamentos - O uso impróprio de boias, coletes salva-vidas e outros dispositivos de flutuação pode dar uma falsa sensação de segurança. Equipamentos inadequados ou mal ajustados podem falhar em situações críticas.

5.5 Acesso Não Controlado à Água - O acesso não supervisionado a fontes de água, como banheiras, piscinas, baldes ou fontes, especialmente para crianças pequenas. A curiosidade natural das crianças pode levá-las a se aproximar de água sem supervisão.

5.6 Brincadeiras na água - como correr, empurrar ou brincar de luta, podem resultar em quedas acidentais ou situações perigosas.


Medidas de Prevenção:

Nunca deixe uma criança sozinha em banheiras, piscinas ou próximos de baldes com água. Instale barreiras de proteção ao redor de piscinas e use tampas para vasos sanitários. Matricule os filhos em aulas de Natação.

A segurança das nossas crianças é fundamental para pais, educadores e cuidadores. As medidas de proteção vão além de tampar tomadas, instalar grades de segurança e supervisionar as brincadeiras; elas são essenciais para criar um ambiente seguro que favoreça o desenvolvimento infantil. A conscientização e a educação sobre os riscos são cruciais na prevenção de acidentes. Investir na segurança do lar permite que as crianças explorem e aprendam com liberdade. Juntos, podemos transformar nossos lares em espaços seguros e acolhedores, promovendo um crescimento saudável das crianças, livre de preocupações com acidentes.

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