Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes - 29/11/2023
Zema paga 13º salário integral aos servidores dia 18/12
O Governo de Minas Gerais pagará o 13º salário aos servidores, ativos e aposentados, e pensionistas, em parcela única, no dia 18/12. Este é o terceiro ano consecutivo, depois de seis anos em que o pagamento era feito em atraso ou parcelado, em que o abono natalino é depositado em dia. São mais de 630 mil servidores (ativos e inativos) e 52 mil pensionistas. O valor total da folha de pagamento do Estado chega a mais de R$ 4,1 bilhões, sem encargos patronais, com base nos dados de setembro de 2023. Zema ressaltou o compromisso do governo em valorizar o trabalho dos servidores públicos do Estado. Quando assumiu o Estado, em 2019, o governador Romeu Zema herdou o pagamento do 13º do funcionalismo público referente a 2018, deixado pela gestão anterior. Esse abono natalino foi quitado, em parcelas, até outubro, enquanto o benefício relativo a 2019 terminou de ser pago em maio de 2020. O Governo de Minas conseguiu regularizar a situação e o pagamento integral do benefício ocorreu, sem atraso, em 2021 e em 2022. Até então, a última vez que o 13º foi quitado em dia havia sido em 2016.
Nova Empresa de cafés vai gerar 80 empregos e inovar a cadeia produtiva do café em Varginha
A Mocoffee confirmou a construção de uma moderna fábrica de monodoses de café em Varginha. O investimento será de R$ 20 milhões, com expectativa de criação de 80 postos de trabalho, 30 deles permanentes, já nos primeiros três anos de operação. O objetivo da empresa de origem Suíça, mas com sede em Portugal, é atender à demanda de marcas mineiras e brasileiras e também às exportações para todo o continente americano. A unidade da Mocoffee será instalada no Porto Seco de Varginha e as instalações terão capacidade inicial para produção de 100 milhões de monodoses por ano, além de contar também com um Centro de Inovação e Desenvolvimento de packaging para o café do grupo. A Mocoffee chega a Minas com uma tecnologia inédita no Brasil na fabricação das monodoses e que já é utilizada por marcas de vários países onde a empresa atua. Até agora, para ter acesso a essa inovação, as marcas brasileiras tinham que importar os produtos. Com a vinda da empresa europeia, a produção poderá ser feita em Varginha e distribuída para todo o Brasil e exterior. A fábrica da Mocoffee agrega valor ao setor cafeeiro de Minas Gerais, pois com ela os produtores poderão fabricar as cápsulas dentro do estado, com altíssimo padrão de qualidade, e exportá-las para os mercados consumidores mais exigentes do mundo. A fábrica também abre oportunidades para pequenos produtores entrarem neste mercado de monodoses, já que a empresa atenderá demanda a partir de 120 quilos, ou seja, duas sacas. É um ganho muito importante para o setor. A Mocoffee e´ uma empresa multinacional com ADN suíço e sede em Portugal, que se dedica à produc¸a~o de soluções inovadoras e personalizadas de cafe´ em monodose. Parabéns às autoridades de Varginha, mas vale o registro que na última semana, Pouso Alegre confirmou investimentos perto de R$ 1 bilhão, com a geração de 2 mil empregos. Ou seja, precisamos apertar o passo e melhorar nossa performance de captação de investimentos!
Fundação Cultural: Disputas políticas, controvérsias jurídicas e muito dinheiro público comprometem o setor Cultural em Varginha
A Coluna recebeu diversas mensagens/e-mails e conversou com produtores culturais de Varginha sobre o crescente descontentamento e desentendimentos entre produtores culturais e a Fundação Cultural de Varginha. Claramente integrantes do setor Audiovisual têm mostrado contrariedade a forma com que a Fundação Cultural de Varginha tem distribuído os recursos públicos federais originários das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, que determina a distribuição dos recursos setoriais. Em resumo, alegam que a Fundação Cultural não tem respeitado as leis e estaria repassando dinheiro para pessoas/empresas não merecedoras do recurso, sem observar as regras impostas pela Secretaria do Audiovisual. Segundo empresas locais do setor ouvidas pela coluna, apenas a Lei Paulo Gustavo teria disponibilizado quase R$ 770 mil reais para o setor audiovisual de Varginha em 2023, que precisam ser distribuídos pela Fundação Cultural. Ocorre que, segundo fontes ouvidas pela coluna, a Fundação Cultural não estaria respeitando cotas, valores mínimos necessários ou mesmo as exigências definidas por lei para a distribuição. Para alguns representantes do setor, o presidente da Fundação Cultural Marcos Benfica estaria pulverizando os recursos seguindo orientação política, tendo em vista as eleições municipais onde o governo terá candidato oficial. O próprio Marcos Benfica seria apontado como provável candidato a vereador em 2024 e estaria tentando captar apoiadores para o candidato oficial do governo por meio da interlocução que tem com o meio cultural local.
Fundação Cultural: Disputas políticas, controvérsias jurídicas e muito dinheiro público comprometem o setor Cultural em Varginha – 02
Marcos Benfica tem sido atacado pelo setor cultural desde que assumiu, não é novidade a divergência entre o comando da Fundação Cultural e diversos líderes do setor. Contudo, as divergências estão aumentando com a proximidade das eleições municipais e alta disputa por recursos, que embora abundantes com a Lei Paulo Gustavo possuem diversos produtores culturais “havidos por colocar a mão no dinheiro”. Se as lideranças culturais locais ou o governo municipal estão utilizando os recursos com vista a ganhar apoio político, alguém pode estar sendo enganado. Afinal, reuniões acontecem junto ao governo e também de forma paralela no setor. Nas reuniões comandadas pelo Governo, vemos lideranças culturais hipotecando apoio ao candidato Oficial. Nas reuniões paralelas o que se houve é reclamação contra o governo municipal e militância em favor da oposição. Não custa dizer que o setor cultural de Varginha é altamente politizado, com influências de partidos como PCdoB e PT. Vale também pontuar que as emendas parlamentares de vereadores da oposição e do deputado estadual Cleiton Oliveira (PV), custam a chegar nos produtores locais. Segundo dizem, o governo municipal, por meio da Fundação Cultural, estaria “atrasando estas entregas com o propósito de minimizar a força política da oposição esquerdista no setor”. A única certeza que temos neste momento é que muito dinheiro virá para o setor audiovisual e cultural de Varginha e que a briga entre produtores e o governo deve esquentar ainda mais nos próximos meses.
Cleiton Oliveira e Zilda Silva: Nasceu a chapa de oposição?
Já se encontra com fartura nas redes sociais e nas fofocas políticas o nome da dupla Cleiton Oliveira e Zilda Silva. O deputado estadual Cleiton Oliveira (PV) tem realizado um bom trabalho na Assembleia Legislativa, possui atuação em Varginha e forte ligação com lideranças populares da cidade. Embora não seja de Varginha, Cleiton Oliveira tem escritório político na cidade e tem ampliado suas conexões com Varginha. Já Zilda Silva (PP) é vereadora, foi presidente da Câmara com boa atuação parlamentar e defesa da mulher. Zilda possui apoios importantes na sociedade, tem apoio de outros colegas da Câmara para uma eventual disputa no Executivo. Em que pese o currículo pessoal de cada um dos nomes, na verdade, os bastidores de cada uma destas lideranças é o que tem feito desta dupla uma opção para a disputa eleitoral de 2024. Cleiton Oliveira é deputado estadual majoritário em Varginha e caso resolva mesmo sair candidato, não perde o mandato estadual, podendo voltar à Assembleia Legislativa em caso de derrota. Além disso, o PV de Cleiton Oliveira constitui uma federação política com o PT. Neste caso, como o PT não tem deputado em Varginha nem nome eleitoralmente forte para a disputa, o lançamento de Cleiton Oliveira, obrigatoriamente tira o PT da disputa municipal e vincula o apoio dos petistas ao deputado. Além disso, uma candidatura de Cleiton Oliveira em Varginha seria vista como “menos radical que uma candidatura encabeçada pelo PT, que embora tenha a presidência da República, enfrenta muitos desgastes na cidade”. Sem falar que o nome de Cleiton Oliveira já contaria automaticamente com apoio de legendas como PDT, PCdoB e PT.
Cleiton Oliveira e Zilda Silva: Nasceu a chapa de oposição? - 02
Já a vereadora Zilda Silva (PP) pertence a um partido forte localmente e estruturado em diversos setores da sociedade. Além disso, Zilda Silva conta com o apoio do deputado federal Dimas Fabiano, que pretende envolver-se pessoalmente na disputa municipal do ano que vem. Para lideranças do Partido Progressista em Varginha o atual vice-prefeito traiu a legenda quando abandonou o PP depois de anos de filiação onde assumiu diversos cargos e mandatos graças ao apoio do PP. O nome de Zilda Silva, neste caso, além de trazer o apoio (e mágoa) do PP, também trás o apoio de Dimas Fabiano e duas outras legendas que caminham junto com o PP na cidade. Vejam que a construção e apoio partidário é muito importante para o fortalecimento de qualquer candidatura, razão pela qual a dupla Cleiton e Zilda mostra-se forte, pois já sairia com o apoio certo de pelo menos 7 legendas. Temos ainda o PSB, que hoje abriga o ex-vereador Rogério Bueno, que em tese seria ligado à esquerda. Contudo, comenta-se que existiriam fortes “articulações para tirar o PSB das mãos de Rogério Bueno” , o que a coluna confirmou nos últimos dias. O vereador Joãozinho Enfermeiro estaria interessado em comandar o PSB na cidade, o que ainda é uma incógnita. Joãozinho Enfermeiro pertence hoje à base de apoio governista. As tentativas de mudar o comando de legendas municipais na última hora vão continuar até a data final para coligações, que acontece ano que vem. O governo municipal e seu candidato Oficial tentam apoios do governo estadual (Novo), bem como partidos de centro como PSDB, PSD e outros. O MDB também já foi procurado por governistas e oposição, mas trabalha para ter candidato próprio com o professor e ex-reitor do UNIS, Stefano Gazzola, que já teria o apoio do Solidariedade.
Natal Cadorini e Zacarias Piva e as eleições municipais de 2024
A coluna sempre lembrou que o ex-candidato a prefeito de Varginha Natal Cadorini atuava para voltar às urnas após impedimentos com a Justiça que o proibiam de se candidatar. Enfim liberado pela Justiça após buscar sua ampla defesa, Natal Cadorini vai mesmo tentar ser candidato a prefeito em 2024, mas na cidade de Elói Mendes, onde já foi prefeito por dois mandatos. Natal está filiado ao PDT e já transferiu sua residência eleitoral para a cidade vizinha, embora seja um nome que aparece nas pesquisas eleitorais realizadas em Varginha. Já o ex-vereador e ex-candidato a prefeito Zacarias Piva informou em suas redes sociais que está buscando uma legenda para a disputa eleitoral de 2024. Piva conseguiu quase 15 mil votos para prefeito em Varginha nas eleições de 2020, quando disputou com Verdi Melo. Zacarias Piva foi vereador e presidente da Câmara, passou por legendas como o Partido Progressistas e possui apoios na advocacia e movimentos populares. Uma semelhança entre Natal Cadorini e Zacarias Piva é que ambos “não têm papas na língua”. Certamente que uma eleição que contar com nomes assim será bem mais “animada”. Piva está conversando com algumas legendas de oposição, pois já disse não concordar com este governo e não apoiar o candidato Oficial. Não seria surpresa se Piva figurasse na chapa majoritária de oposição, inclusive como candidato a vice. A conferir!
Com dinheiro é fácil!
As tratativas políticas e soluções administrativas neste governo têm sido “mais fáceis de resolver em razão do caixa cheio”. Não encontram dificuldades em contratar mais um, mandar comprar, mandar pagar etc! Não se pode dizer o mesmo em relação ao custo benefício e eficiência na efetiva resolução dos problemas, que na maioria das vezes encontram apenas soluções temporárias e paliativas, mas sempre caras! Prova disso é o pregão presencial nº 243/2023, publicado no Diário Oficial de 19/11/2023, que tem por objeto a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de serralheria e solda para cercamento da Fonte Luminosa, na Praça José de Resende Paiva (Praça da Fonte). A fonte luminosa ali existente a décadas já sofreu todo tipo de vandalismos, roubos de fiação, depredação, sujeira etc. O ideal seria que tivéssemos uma Guarda Municipal eficiente para coibir vandalismos ou maravilhoso de tivéssemos uma educação pública que ensinasse a população a não jogar lixo pela rua nem depredar patrimônio público. Mas como isso é bem mais difícil, a solução encontrada pelo governo foi contratar a empresa Alves Empreendimentos Ltda., para fazer uma grade de metal cujo valor foi de R$ 82.990,00 (oitenta e dois mil, novecentos e noventa reais) para cercar a Fonte Luminosa.
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