Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes -20/12/2024
Heranças
É fato que a gestão de Verdi Melo que acaba em dezembro vai deixar muitos problemas a resolver para o governo Ciacci, bem como um aumento de despesa na manutenção da máquina pública, tendo em vista que Verdi ampliou a estrutura da Prefeitura de Varginha. Além disso, Verdi Melo também está deixando obras para serem concluídas na gestão Ciacci. Mas uma coisa é fato, embora pareça que estejamos falando de uma “herança maldita de Verdi para Ciacci, na verdade, Vérdi está deixando uma herança bendita e muitos louros a serem colhidos por Ciacci”. Isso se o atual vice-prefeito Ciacci tiver comando e pulso firme do seu governo e montar um secretariado técnico e competente. Vejam que Verdi ampliou a estrutura do governo, mas também ampliou a arrecadação com a conquista de empresas e investimentos bilionários ao longo dos últimos 4 anos. Quanto às obras que Vérdi está deixando para serem concluídas, estão todas com recursos provisionados e projetos adiantados com entregas para o primeiro semestre, o que vai até garantir “palanque para Ciacci e Verdi”. Já quanto ao caixa, Verdi Melo está deixando um caixa gordo com repasses maiores recebidos mensalmente do Governo de Minas e do Governo Federal. Além disso, existe a perspectiva do pagamento de milhões em repasses nos próximos meses em 2025 e quase todo ano de 2026. Ou seja, Verdi Melo está sim deixando uma herança para o Governo Ciacci e trata-se de uma herança bendita!
Herança maldita?
Não acredito que possamos dizer que seja uma herança maldita, mas é fato que, antes de Verdi Melo assumir como prefeito, o então prefeito da época, Antônio Silva, realizou um empréstimo para fazer obras estruturantes, como os recapeamentos de vias que vem ocorrendo até hoje. Verdi assumiu este empréstimo e vem pagando as prestações e possivelmente, vai deixar este empréstimo, ou parte dele, para que o Governo Ciacci conclua. Mas como Antônio Silva vai assumir a vice de Ciacci agora em janeiro de 2026, a conta volta a ser preocupação de Antônio Silva. Porém nada que “enseje perda de sono, tendo em vista os recursos em caixa”. Aliás, o tripé Antônio Silva, Verdi Melo e Leonardo Ciacci construíram uma sinergia boa. Na medida em que, Antônio Silva economizou e governou na crise do Governo estadual de Pimentel que deu calote nas prefeituras de Minas, retendo recursos dos municípios. A gestão Verdi Melo pegou de Antônio Silva uma prefeitura enxuta e sem dívidas, e ainda com altos créditos a receber do Governo de Minas. Tais créditos começaram a ser pagos pelo Governo Zema e beneficiaram o segundo mandato de Verdi que teve muito dinheiro para fazer obras e ações importantes e estruturantes. Agora chega Ciacci, que pegará uma prefeitura maior, com mais servidores, porém com mais recursos. Mas precisa planejar bem, pois precisa voltar a administrar de forma enxuta como Antônio Silva, sem deixar de fazer os investimentos estratégicos que Verdi vem fazendo. Sem dúvida será um desafio! Mesmo porque, Ciacci parece não ter “nenhum nome novo na cartola, e deve utilizar basicamente parte da equipe dos governos Verdi e Antônio Silva. Ou será que tem gente nova e qualificada chegando ai para o novo governo”?
Orgulho e Preconceito
Na boca pequena corre o “veneno do poder” fazendo ilações sobre o provável novo comando do Legislativo. Até o momento apenas uma chapa disputa e não temos pacificado ao certo como será a próxima presidência da Câmara, um cargo importante para fazer dar certo, ou errado, qualquer gestão municipal. Há quem diga que o próximo presidente da Câmara, precisa mais que saber ler e escrever, mas precisa entender noções básicas de economia, saber concatenar ideias e projetos! Outros dizem que o próximo presidente da Câmara, tendo sensibilidade social, já está bom, pois conduzirá o Legislativo sabendo sentir a dor do povo. Se as falas carregam preconceito, não sei dizer. Mas é fato que, nos bastidores, há quem tenha receio de mãos não experientes conduzirem e falarem pelo Legislativo. Sobretudo se for pessoa que não tenha domínio próprio e humildade para reconhecer erros do passado ou serenidade para lidar com a imprensa, com o questionamento e o contraditório! Mas devemos dar o crédito da dúvida a todos que estejam de boa-fé. E parece que é o caso do próximo presidente da Câmara de Vereadores de Varginha. Alguém que errou, aprendeu, lutou, venceu e quer o melhor para seus eleitores e para Varginha. Se terá competência e maestria para administrar o Legislativo, não sabemos. Mas é fato que o corpo técnico da Câmara é preparado e bem pago, vai saber assessorar bem! E o novo escolhido por seus pares terá entre os eleitos pessoas com que se aconselhar e aprender a não errar novamente!
Não é novidade, mas faz diferença!
A notícia não é novidade, aliás, até era esperada: Carlos Honório Ottoni Júnior (Honorinho) vai continuar no primeiro escalão da Prefeitura de Varginha na Gestão Leonardo Ciacci. Honorinho foi um dos principais coordenadores da campanha de Ciacci, pertencente ao “Núcleo duro do grupo político de Verdi e Ciacci”. A expectativa é que Honorinho continue com “tinta na caneta e feroz defensor do governo Ciacci, a exemplo do que foi com o Governo Verdi”. Para quem tem pretensão de “tretar com o novo governo isso faz total diferença”, pois o secretário é conhecido por seu perfil de “bateu levou”!
Respeito, mas descontente
No meio político local, tanto governistas como oposicionistas tem uma coisa em comum: ambos ficaram descontentes com a atuação da Justiça Eleitoral na cidade. Cada qual por suas fundamentações próprias. Alguns quanto à “contabilidade criativa” da Justiça para a escolha dos eleitos no Legislativo, outros pela “delicadeza e prestatividade do juiz eleitoral” ou mesmo pelo crescente ativismo político do Judiciário, sobretudo na usurpação de atribuições de outros poderes. O respeito ainda imperante de diversos grupos políticos e econômicos ao Judiciário, sobretudo em âmbito municipal e até estadual esconde um descontentamento crescente que já começamos a ver no Congresso Nacional. O Judiciário que dita normas incompreensíveis aos olhos da população vem causando indignação do mais humilde cidadão aos poderosos da República e por certo que quando o descontentamento popular, político e econômico romper o silêncio, a esfera municipal do Judiciário será a primeira e “ouvir verdade incomodas”.
Arte e música
A Orquestra Filarmônica de Varginha apresenta o 10º Concerto da Temporada 2024 - CEMIG. O espetáculo acontece em 22/12, às 10h30, no Theatro Capitólio de Varginha. Será o último concerto da temporada 2024. A entrada será gratuita no décimo e último concerto do ano para o palco do Theatro Capitólio, a beleza e a experiência de dois dos maiores trompistas em território nacional - Philip Doyle e Tiago Carneiro, ambos da orquestra sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O espetáculo é gratuito. Os ingressos, limitados, devem ser adquiridos com antecedência. A Orquestra Filarmônica de Varginha tem patrocínio do Governo do Estado de Minas Gerais, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura; e da Cemig, que tem o compromisso de fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.
Movimentações políticas
O agora ex-prefeito de Boa Esperança, no Sul de Minas, Hideraldo Henrique Silva, é o novo presidente das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas). Ele tomou posse na quarta-feira (18/12), em Contagem, na Grande BH. Segundo o novo presidente, um dos principais objetivos é fortalecer a gestão, modernizar as operações e ampliar o papel estratégico da instituição no abastecimento alimentar de Minas e do Brasil. Hideraldo Silva é o atual 1° vice-presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), que passará por eleições no primeiro trimestre de 2025. Ele também ocupa o cargo de presidente da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento de Minas Gerais (ARISMIG). Foi reeleito prefeito de Boa Esperança em 2020, com 79,87% dos votos válidos. Formado em administração, iniciou a trajetória política após atuar em diversas funções no setor privado. Entre 2013 e 2014, foi secretário municipal de Saúde de Boa Esperança. Foi também presidente da Associação Comercial e Industrial de Boa Esperança (ACIBE) e da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (ALAGO). Hideraldo Silva é um político polêmico e que vem fazendo a diferença por onde passa. Depois de reeleito prefeito em Boa Esperança na eleição de 2020, com grande votação. Agora em 2024 fez seu sucessor impondo uma derrota vergonhosa para o conhecido ex-deputado estadual Dilzon Melo. Agora no CeasaMinas, Hideraldo poderá estar mais próximo do poder na Capital mineira, onde vai atuar nos bastidores de uma importante eleição que ocorre no começo do ano: a eleição da Associação Mineira de Municípios – AMM. Hideraldo é vice-presidente da entidade, mas politicamente rompido com o presidente Marcos Vinícius, que perdeu eleição na cidade de Coronel Fabriciano.
O setor produtivo impulsiona a economia mineira
Com crescimento nas três atividades que compõem o cálculo do Produto Interno Bruno (PIB), a economia de Minas Gerais fechou o terceiro trimestre de 2024 com o total de R$ 272,3 bilhões em bens e serviços produzidos, alta real de 1,2% frente ao trimestre anterior. O avanço, influenciado principalmente pela agropecuária, é superior à média Brasil, de 0,9%. De julho a setembro, a agropecuária expandiu 11,3% em comparação ao segundo trimestre de 2024. A alta foi puxada por lavouras como as de cana-de-açúcar e de batata inglesa, ambas com projeção de crescimento no período. A indústria também contribuiu para o bom desempenho (+2,1%), assim como os serviços (+0,7%). Segundo dados do Caged, em 2024, Minas já criou 207.363 novas vagas de emprego formal. Desde 2019, já são mais de 940 mil postos de carteira assinada criados e a meta é alcançar 1 milhão em 2025. No confronto do terceiro trimestre de 2024 com o mesmo intervalo do ano passado, Minas apresentou uma expansão real ainda mais expressiva na economia: de 4,0%. Nessa base, a indústria mineira fez a diferença, com um crescimento de 5,4%, acima da média do país (+3,6%), acompanhada dos serviços, com alta de 3,6%. Na comparação anual, o agro teve recuo de 0,6%.
O setor produtivo impulsiona a economia mineira - 02
“A indústria de transformação é o segmento que mais compra dos demais setores. Isso é um fator muito positivo para ativar a economia como um todo”, destaca o pesquisador da Coordenação de Contas Regionais da Fundação João Pinheiro (FJP) e um dos responsáveis pelo cálculo do PIB, Thiago Almeida. Um exemplo desse grupo é a indústria automobilística, que necessita de diversos insumos, como aqueles do complexo metálico-mecânico, e impacta também em várias áreas, como no comércio de veículos. Nos últimos anos, o mercado tem investido mais na produção automobilística, principalmente em modelos híbridos e elétricos. A fabricação de veículos automotores no terceiro trimestre de 2024 registrou expansão proporcional acima de dois dígitos na comparação com o mesmo trimestre de 2023. A atividade de energia foi outro destaque da indústria. Neste caso, o segmento teve uma ampliação de 1,7% no consumo total em comparação com o trimestre imediatamente anterior e no quesito geração de eletricidade - produzida por hidrelétricas ou por painéis solares -, que subiu 11,2%. A composição do PIB mineiro no terceiro trimestre deste ano incluiu o valor das atividades da agricultura, pecuária e produção florestal (R$ 18,9 bilhões), das indústrias (R$ 71,5 bilhões) e dos serviços (R$ 149,5 bilhões), entre outros. No acumulado dos três primeiros trimestres de 2024 frente ao mesmo período de 2023, houve acréscimo real de 2,8% no PIB de Minas Gerais. No agregado do quarto trimestre de 2023 ao terceiro de 2024, também houve expansão no PIB estadual, neste caso de 2,7%. Em Minas é verificada uma parceria institucional e sinergia das ações entre as três entidades que representam a Agricultura, Indústria, Comércio e Serviços, respectivamente a Faemg, Fiemg e Fecomércio. Sem dúvida, os números positivos do setor produtivo têm relação com esta união de forças dos empresários.
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