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Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes - 04/10/2023


Futurologia política
Diversas fontes governistas ouvidas pela coluna apontam que a “arma secreta para garantir a vitória do candidato governista em 2024 seria a composição da chapa majoritária”. Quando Verdi Melo foi eleito vice-prefeito na chapa com Antônio Silva, o grupo político em torno deles reuniu 14 legendas apoiando a dupla. Anos depois, Verdi Melo foi eleito prefeito com um número menor de partidos, em disputada eleição onde enfrentou oponentes variados como o ex-presidente da Câmara Zacarias Piva e o empresário e ainda hoje presidente da ACIV, Anderson Martins entre outros. Ou seja, vemos que o “grupo político eleito com Antônio Silva, que tem entre seus integrantes, Verdi Melo, Leonardo Ciacci e outros, vem enfrentando a cada eleição mais dificuldades/concorrência para se manter no poder”. Sem falar que ao longo dos anos, o grupo político sofreu perdas, como a saída do Partido Progressista, bem como do apoio de líderes políticos e classistas. O governo Verdi Melo continua forte, reflexo das muitas obras em andamento, mas será que o governo terá força o suficiente para eleger o sucessor? Uma corrente defende que o ex-prefeito Antônio Silva (PTB) poderia ser escolhido como “candidato a vice-prefeito na chapa governista, a fim de fortalecer a chapa, ou mesmo poderia ser candidato a vereador, para com sua esperada grande votação, eleger outros vereadores da chapa e fortalecer o palanque majoritário do governo. Embora seja amplamente falado tal “heresia política nos bastidores” do governo, os amigos de Antônio Silva e os mais experientes da política local apontam que as chances de Antônio Silva ser vice de Ciacci ou candidato a vereador são “quase Zero”! Silva deixou a política eleitoral “por cima, como prefeito e num episódio inédito que marcou a vida política da cidade, por ser a primeira renúncia de um prefeito em Varginha”. Dizem que o experiente político não “rebaixaria sua história política voltando à política como vice (subordinado), ainda mais de alguém com menos experiência e bagagem política que ele. Ou mesmo como candidato a vereador, função menor que a de prefeito”.

Futurologia política 02
Mas o trabalho de fortalecimento da candidatura governista de 2024 passa pelo PTB do ex-prefeito Antônio Silva. Caso realmente persevere no lançamento de Ciacci a prefeito em 2024, o governo precisa fortalecer a chapa majoritária e proporcional. Conseguindo um bom candidato a vice-prefeito e bons nomes na disputa do Legislativo. Ciacci está no Partido Liberal, “que foi tomado dos liberais locais por meio de uma comissão provisória garimpada na executiva estadual da legenda”. Na estruturação do PL local, Ciacci perdeu nomes importantes com Leandro Acayaba e ainda enfrenta a ira dos antigos comandantes locais da legenda. O PL é um partido com muito recurso no Fundo Eleitoral e Fundo Partidário, mas não há garantia por parte da Executiva Estadual do PL de investir recurso alto nas eleições de Varginha. Neste cenário, o vice ideal para o possível candidato a prefeito do PL teria que vir de um partido forte e consolidado, quem sabe o PTB. Mas além disso, precisa ser alguém que tenha votos, como as chances de Antônio Silva “incorporar a vice é pequena”, o PTB trabalha com nomes como o vereador Dudu Ottoni ou o presidente municipal da legenda Carlos Honório Ottoni Júnior (Honorinho). Dizem que Dudu Ottoni aceitaria tranquilamente uma vice de Ciacci, mesmo que tivesse que abandonar uma candidatura à reeleição praticamente certa na Câmara de Vereadores. Já Honorinho, “aceitaria ser vice, se puder mandar como prefeito. O que não seria difícil se o colega de chapa fosse Ciacci”. A questão é que os Ottonis, disponíveis para vice, não possuem a mesma quantidade de votos que Antônio Silva e nem garantiriam apoio financeiro necessário da legenda na disputa de 2024. O custo de uma eleição em Varginha pode ultrapassar Hum milhão de reais em gastos, a depender da disputa e dos concorrentes! O governo sabe que poderá enfrentar nomes fortes como Stefano Gazzola (MDB), Natal Cadorini (PDT), deputado Cleiton Oliveira (PV), Zilda Silva (PP) entre outros que possuem condições de levantar recursos para campanha, o que torna a disputa ainda mais cara. Vale também registrar que as legendas mais fortes (com tempo de TV) e bons candidatos a vereador estão sendo disputados “a tapa e o governo não vai conseguir montar para Ciacci a mesma base que elegeu Antônio Silva ou Vérdi Melo no passado”.

Traições e mudanças
No bloco governista a chegada das eleições tem mexido com diversas legendas e lideranças políticas que integram o Governo Verdi Melo. Nenhum dos apoiadores quer perder poder e por isso trabalham para construir uma chapa forte, seja no governo ou na oposição! Isso mesmo, tem liderança do governo que vem conversando frequentemente com a oposição a ajudando a “construir caminhos alternativos”. Aos que insistem na chapa governista encabeçada pelo Chuchu Oficial existem muitas dúvidas. O primeiro desafio é fazer com que a “base governista apoie o vice e não se desintegre até o ano que vem, tamanha a ansiedade de alguns”. Já no Legislativo, um clima “belicoso” se instaurou entre os grupos de governo e oposição, muito por conta das investidas para desestabilizar o grupo político liderado pelo Partido Progressista (PP). O governo acredita que “capturou” um apoio no Legislativo para garantir maioria! Dizem que teve que “empregar” métodos conhecidos de “convencimento de lideranças para isso!” Quem terá maioria legislativa neste final de ano e no ano eleitoral de 2024 não sabemos, mesmo porque, a diferença entre governistas e oposição é de um voto! Logo, governo ou oposição não podem cantar vitória ou força imutável no Legislativo, o “pendulo da maioria” alterna-se entre eles a cada votação, a depender do tema apreciado. O gabinete dos deputados Cleiton Oliveira (PV) e Dimas Fabiano (PP) são informados quase diariamente do “andar das negociações políticas em Varginha”. Mudanças de partido e traições devem acontecer com intensidade nas próximas semanas, tudo por conta da janela eleitoral, quando os políticos eleitos poderão mudar de legenda sem risco de perda de mandato. Na Justiça Eleitoral as legendas prestam contas do recurso público do Fundo Partidário e corrigem falhas e documentos de eleição anteriores a fim de deixar tudo pronto para as composições.

Perfil eleitoral de 2024
A coluna conversou com analistas políticos que vêm estudando o resultado das urnas nas últimas eleições e o perfil variado dos candidatos nas muitas regiões de Minas e do Brasil. Não resta dúvida que existem “preferências do eleitorado” a depender da cidade, região do país, economia dominante na região etc. Por exemplo, Pernambuco tem histórico de eleição de candidatos socialistas e de esquerda, enquanto que Santa Catarina tem histórico de eleição de candidatos de direita. Não há problema nisso, mas sim uma relação que envolve muitas vezes, além da cultura também a economia regional e outros fatores. Vejam por exemplo que a maioria dos candidatos de esquerda são eleitos em capitais e cidades de grande porte, enquanto que nas pequenas e médias cidades são majoritariamente eleitos os candidatos tradicionais de partidos alinhados à direita. A economia também interfere na forma de votar e cobrar os eleitos em muitas cidades. Percebam que em cidades onde o nível escolar e desenvolvimento são maiores, os candidatos, sejam de direita ou esquerda, são mais cobrados e tendem a fazer governos semelhantes, com mais controle de gastos, transparência etc! De toda forma, um perfil tem sempre sobressaído nas eleições: o candidato simples e popular! E este adjetivo não se confunde com o candidato populista, que são coisas diferentes! O candidato simples e popular é aquele que não ostenta luxo, é acessível ao povo e o eleitor “se enxerga em muitas das ações e atitudes do candidato”. Já o candidato populista é aquele que sempre “toma medidas populares com intuito de agradar a maioria, mesmo que isso prejudique todos no médio e longo prazo”. O famoso candidato do “tapinha nas cotas, mas que nada resolve”. É o candidato que gasta todo recurso público sem planejamento, emprega aliados diversos no governo, sempre diz “sim” pra tudo e no final, deixa um grande rombo que precisará ser coberto por toda população. Muitas vezes o político adota o populismo para tentar agradar a todos no curto tempo e depois decepciona todos no médio e longo tempo! Afinal, a “conta de ações populistas um dia chega”! Na conversa que tivemos com os analistas políticos, com base no perfil do eleitor mineiro e nos dados socioeconômicos de Varginha, os especialistas dizem que é muito grande a chance do eleitor varginhense optar por um “perfil político simples e popular” para as próximas eleições! Mas alguém que realmente “tenha o adjetivo e seus traços e não que seja uma pessoa que simule ou atue como uma pessoa simples e popular”.

Perfil eleitoral de 2024 - 02
Vale ressaltar que Minas é uma cópia do Brasil, com suas muitas variações! Não custa dizer que o Norte de Minas é diferente, pensa e vota diferente do Sul de Minas, por exemplo! Razão pela qual, Varginha, Poços de Caldas e Pouso Alegre em sua maioria possuem eleitos com perfis semelhantes e até correntes políticas semelhantes. Quando ganha um candidato de esquerda uma destas cidades, não demora o mesmo perfil também ganha nas outras. De igual forma, quem sabe, também influenciado pela região, quando vemos os eleitores elegendo candidatos à direita em alguma destas cidades, isso também torna-se uma onda que atinge as demais cidades da região. Varginha tem ainda uma diferença das outras cidades pólo, pois sedia as TVs abertas que retransmitem as eleições municipais as demais cidades da região, fazendo com que o diálogo político municipal seja dividido com toda região, trazendo carisma ou antipatia do eleitor com este ou aquele candidato local. E nisso tudo, tem fala que pega e não larga mais! Como a fama do político que bate nas costas, mas, não resolve os problemas, não tem caneta ou coragem de enfrentar os desgastes do cargo. Ou aquele que administra bem, mas não sai do gabinete, daquele que encerra uma eleição já pensando na próxima, ou mesmo daquele nome que já é conhecido da iniciativa privada pelo sucesso gerencial e realizações fora da política. Varginha tem de tudo, representantes de todas as áreas e meio políticos de esquerda e direita, falta astúcia ao eleitor para saber diferenciar cada qual!

Manutenção e Proteção ao Patrimônio Público
Departamento Municipal de Trânsito, da Prefeitura de Varginha, iniciou a revitalização do Ponto Central do Transporte Coletivo, na Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade. O espaço passa por limpeza para retirada das pichações, recebe nova pintura e troca dos vidros que foram quebrados. Além disso, Câmeras de Segurança foram instaladas, monitoradas pela central da Guarda Municipal, facilitando a partir de agora a identificação dos autores de vandalismos constantes nesse espaço público. A medida é acertada e precisa ser realizada em muitas outras regiões da cidade. Infelizmente, o vandalismo recorrente em Varginha tem trazido prejuízos reiterados aos cofres públicos e custa muito dinheiro anualmente. Não se tem dados consolidados dos valores gastos por órgãos públicos municipais, estaduais e federais em manutenção e reparo de equipamentos públicos em Varginha, mas estima-se que chegue anualmente à casa do milhão. Por outro lado, o trabalho de proteção, identificação e prisão dos criminosos e vândalos que cometem tais crimes não é significativo. Soma-se a isso a ineficiência da Justiça para conseguir que tais depredações sejam reparadas pelos vândalos. Trocando em miúdos, parabéns à Prefeitura de Varginha pela recuperação do Ponto Central e tantos outros espaços públicos e um puxão de orelhas à Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Judiciário por não prenderem, identificarem e determinar o reparo dos espaços públicos danificados. Na maioria das vezes, quem precisa pagar pela obra inicial e pela manutenção e reparo dos estragos é sempre o bolso do contribuinte, já achacado pela alta carga tributária deste Brasil!

Manutenção da MGC 491 esquecida pelo DER/MG
Em que pese os muitos investimentos realizados pelo Governo de Minas nas estradas mineiras, é fato que tanto governo estadual quanto federal gastam muito aquém das necessidades da nossa grande malha rodoviária. Minas liga as muitas regiões do Brasil e as principais estradas do Brasil passam por nosso estado. Uma clara prova do desleixo das autoridades quanto a nossa malha rodoviária é a MGC 491. A estrada foi federal, abandonada pelo Governo Federal, o Governo de Minas assumiu a via para fazer alguns investimentos pontuais em razão da importância econômica da rodovia. Mas logo também esqueceu o trecho, que possui obra inacabada de duplicação a mais de 4 anos. Agora abandonada pelo DER/MG, a rodovia foi entregue a concessão privada, que nenhum investimento realizou no trecho entre Três Corações e Varginha, local de intenso movimento de cargas e pessoas. Isso é bater na cara do contribuinte!

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