No último sábado, 22, depois de uma semana de imersão total na SÈTIMA ARTE – o CINEMA, a MAZ PRODUÇÕES reuniu produtores, atores, diretores, roteiristas, figurinistas, músicos, mostrando o mundo vasto que o cinema propicia, abarcando os demais segmentos artísticos.
Da disruptura dos filmes puramente comerciais à construção do cinema como ARTE que intriga, incomoda, desconforta e desestabiliza.
Num ambiente completamente inclusivo, tanto na estrutura física quanto nas relações interpessoais, com uma equipe preparada e acolhedora, aconteceu não somente uma coletiva de imprensa, mas um debate sobre o que é fazer cinema.
Participaram do festival 2.311 filmes, sendo 220 documentários e 1.331 produções internacionais.
Pela primeira vez, em Varginha, pude compreender todo o caminho percorrido pelos profissionais do audiovisual que se propõem a legitimar suas obras, desde a criação até a apresentação do produto finalizado e compartilhado com os amantes das telonas.
Muitas considerações foram registradas, uma vez que o principal objetivo do FESTIVAL é extrapolar o campo do entretenimento passando para a ARTE de qualidade, preservando identidades, imortalizando as diversidades culturais da arquitetura, dos valores históricos sociais, pois o cinema é mais do que a imagem que se movimenta e produz som – ela é a VOZ DA SOCIEDADE.
Para quem faz cinema independente é um ato de resistência, de perseverança.
Um momento único, onde esclarecimentos pertinentes foram revelados aos presentes.
Cada cineasta e os demais envolvidos na produção de um curta ou longa-metragem, um filme de animação, um documentário, possui seu tempo, sua inspiração, sua abordagem, como uma digital – cada obra é única e leva nela a personalidade, a marca “sui generis” do seu ou dos seus criadores.
Uma obra pode ser concluída em uma semana como também pode levar anos para se apresentar completa.
Há filmes que passam por pequenos orçamentos, enquanto outros tem um custo altamente elevado e, afirmam os produtores, que não é o custo de um filme que o classifica como bom ou ruim e sim a abordagem e criatividade em si, a delicadeza na apresentação de seu conteúdo.
Os produtores independentes são muito criativos, dominam a arte do improviso e provam que projetos ambiciosos já foram executados com um orçamento mínimo e que, esse fator não diminuiu a qualidade do produto final.
As POLÍTICAS CULTURAIS também foram explanadas, pois é através da ARTE que a sociedade tem voz, se consolida, se constrói, se revela, ora de maneira delicada; ora na necessidade de abordagens mais agressivas.
Fazer cinema é perpetuar a passagem dos tempos e dos homens pela TERRA.
O maior desafio, na verdade, não é fazer cinema com todas as estruturas que a arte implica, mas é fazer as POLÍTICAS PÚBLICAS CULTURAIS, sejam do Brasil ou de qualquer outro lugar do mundo, reconhecer e ter noção da FUNÇÃO SOCIAL DA ARTE.
Arte gera trabalho, transformação...
No FESTIVAL INTERNACIONAL DA MAZ PRODUÇÕES o comércio foi movimentado, os hotéis acolheram equipes envolvidas, os restaurantes serviram refeições e o turismo de Varginha ficou um pouco mais conhecido.
A ARTE CINEMATOGRÁFICA surge das mais diferentes inspirações e são conteúdos para profundas reflexões. São sentimentos e visões sociais, políticas, culturais e psicológicas abordadas de acordo com o olhar de cada cineasta e toda sua equipe.
Enfim, foi um momento de grande celebração, onde maiores detalhes continuam na próxima quinta-feira.
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