Estamos vivendo em tempos de fartura de editais e, as Leis de Incentivo à Cultura, em todas as esferas governamentais jorram com abundância.
A classe artística tem tido todos os mecanismos possíveis para que possa prosperar em execuções de projetos.
Se os objetos são diferentes pode-se participar de tantos editais quanto forem possíveis ser executados.
Isso mesmo!
Se você der conta e transbordar criatividade e eficiência pode ser contemplado quase que simultaneamente em editais municipais, estaduais, federais seja em fomentos diretos ou indiretos.
Acho excelente, pois quando o artista não tira dinheiro dos bolsos para manter sua ARTE e, passa a conseguir viver dela, os produtos culturais a serem ofertados, como contrapartida do proponente à sociedade, serão tão abundantes quanto a fonte que jorra dos editais.
Só que não!
Sou uma pessoa curiosa e investigativa... Incansável, às vezes, até a exaustão.
Ando por todos os cantos e se formos somar os projetos estaduais e municipais da LPG – Lei Paulo Gustavo, o COMIC – Conselho Municipal de Incentivo à Cultura e tantas outras siglas de incentivo cultural, essa curiosa aqui pergunta: onde estão acontecendo esses projetos?
Afirmo que vi alguns deles, mas perto da quantidade de contemplados falta muita ARTE a ser devolvida à população.
Por outro lado, num trabalho completamente (ainda) invisível e de maneira tímida, muitos espaços privados vem preenchendo as lacunas que o poder público tem deixado em aberto.
Cafeterias da cidade tem promovido ações gastronômicas ligadas à CULTURA em alguns dos seus segmentos, um deles é a LITERATURA.
UM SARAU PUXA O OUTRO...
Sem nenhum fomento público muitas ações da sociedade civil, formal ou informalmente, têm expressado a LITERATURA (falo por ela porque é dela que entendo com propriedade) em todas as suas extensões e o que de melhor ela tem para nos oferecer – que é a construção de nós mesmos enquanto agentes sociais e seres que interagem entre si de maneira saudável.
Parafraseando Rita Lee, pois em respeito a essa coluna retiro as palavras impróprias digo: Você nem imagina a imensidão do quanto estou pouco me lixando para o que dizem. A vida é curta, e eu, por vezes preciso ser grossa.
Sou meio Madame Clarice, pois “não escrevo para agradar ninguém” e sim para expressar a maneira com que vejo e lido com o mundo que muitas vezes é absolutamente diferente de muitos outros.
Enfim, como esse espaço não é para informar somente o lado A da CULTURA, mas também o lado B – lado esse que é incompreendido por muitos -, retrato aqui as iniciativas que passam despercebidas, acontecendo longe dos holofotes políticos e das benesses distribuídas para os amigos do REI.
O mais interessante, todas as quintas, muita gente, logo pela manhã, quando o jornal está saindo quentinho da prensa, corre para dar uma espiadinha na minha coluna.
Quando falo de atividades culturais todos ficam felizes, mas quando entorno, um bocadinho, o caldo, me chamam de louca.
Sou aquilo que sou!
Luto pelo o que acredito.
E deixo uma reflexão para finalizar e acalmar os ânimos: antes de discutirmos o SISTEMA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS CULTURAIS devemos nos questionar qual o nosso propósito, qual o nosso papel na sociedade e nosso lugar de pertencimento.
Namastê! A ARTE QUE HABITA EM MIM SAÚDA A ARTE QUE HABITA EM VOCÊ.
Aproveito e faço um convite a todos...
Sábado próximo, às 9h teremos um evento CULTURAL no Serafim Adega e Café, onde a Luciane Madrid está organizando um varal de poesias.
Será um evento regado a muita prosa, café e LITERATURA, com presença de amigos como Sarau da Dona Wilma, Gabriela Gonçalves, membros da APESUL – Associação de Poetas e Escritores do Sul de Minas e quem mais quiser se juntar a nós...
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