POPULAÇÃO IDOSA... E DAÍ?
Diante do cenário em que estamos inseridos por imposição da pandemia, afetando diretamente nos relacionamentos entre as pessoas, este objetivo se torna ainda mais complexo e urgente.
Na esteira dos países em desenvolvimento, o Brasil caminha para se tornar um País de população majoritariamente idosa. Este fato merece atenção especial pois a transição etária por conta do envelhecimento da população em nosso país tem acontecido de forma gradual, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o grupo de crianças com até 14 anos já em 2030, e triplicará no país até 2050, de 12,5% para 30% da população.
Destaco que os países desenvolvidos primeiro enriqueceram para depois envelhecerem e em nosso país, com o agravante da pobreza e a intolerável desigualdade social, muitos idosos passam por situações de negligências e precariedades no meio em que estão inseridos, não possuindo o devido direito exercido ao bem estar social, saúde, lazer, ao respeito e a efetividade familiar e comunitária.
O Estatuto da Lei do Idoso criado em 2003, garante-lhes o direito a todas oportunidades de facilidades, assegurando-lhes a preservação de sua saúde física mental além do aprimoramento moral, intelectual e social, incluindo-se a dignidade e liberdade, não negligenciando seu valor na sociedade.
Apesar de estar em vigor até os dias atuais, pode-se perceber que, muitas vezes, essas referidas pessoas convivem diariamente com o desrespeito e descaso social, sendo ignoradas, não só pelos parentes, mas também pelos governantes. Isso fica explícito na demora dos atendimentos preferenciais e em suas infraestruturas precárias, faltando assistência social e econômica básicas para a população maior de 60 anos.
Não deixa de ser um grande desafio do país implantar políticas públicas que garantam que a população idosa envelheça de forma ativa, promovendo ações de incentivo a investimentos em obras de Infraestrutura, bem estar social, Campanhas e a estimulação da efetivação e respeito às pessoas com idade mais avançada.
Somente políticas voltadas para este objetivo irão auxiliar no processo de ajustes da qualidade de vida e inclusão dos idosos, auxiliando uma sociedade mais inclusa e mais aplicada.
Cabe a cada cidadão seguir as leis que favorecem e melhoram as condições de vida desse grupo, que já serviu à sociedade e ainda são capazes de servi-la, pois possuem conhecimentos que podem ser transmitidos aos mais jovens devido à sua experiência.
“Cuidar de um idoso é cuidar da memória de um povo”.
Engº Alencar de Souza Filgueiras
Presidente do Fórum Agenda 21 Local
Membro do Conselho Fiscal do IBAPE-MG
Presidente da Comissão de Ética do CREA-MG
Contato: evolucao@uai.com.br
Comments