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Chefe da diplomacia europeia diz que acordo com Mercosul pode sair até o fim do ano


Foto: Divulgação

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18) que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) deve acontecer até o fim de 2023.
"Não haverá um avanço, mas há um claro desejo de continuar trabalhando com base nas duas propostas. Tenho certeza que até o fim do ano podemos chegar a um acordo"".
Líderes dos blocos, que reúnem 60 países, estão na Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, para debater o assunto.
A negociação para o acordo entre UE e Mercosul foi concluída parcialmente em 2019. O texto negociado entre os blocos, que está em fase de revisão pelos países, permite que empresas europeias disputem licitações abertas pelo setor público em condições de igualdade com as empresas brasileiras, com exceções para determinados produtos.
No entanto, neste ano, os europeus apresentaram um documento com penas – consideradas duras e complexas pelo governo brasileiro – para o desmatamento e agressões ao meio ambiente. Dessa forma, os líderes sul-americanos pretendem apresentar uma contra-proposta a ideia da UE.
Mesmo com a divergência de pensamentos, Lula e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também esperam que o pacto seja concluído até o fim deste ano.
Outro ponto defendido pela União Europeia são as sanções contra a Rússia após a invasão na Ucrânia. As medidas buscam minar a economia militar russa.
Durante a coletiva, Borrell disse que não concorda com a ideia de Putin sobre usar a fome como arma. "É uma das piores notícias para o mundo".
A Rússia informou na segunda-feira que não continuará com o acordo que reduziu os preços de alimentos em mais de 20% globalmente.
O pacto - negociado em julho de 2022 - visava aliviar uma crise global de alimentos, permitindo que os grãos ucranianos bloqueados pelo conflito Rússia-Ucrânia fossem transportados pelo Mar Negro com segurança.
A invasão na Ucrânia em fevereiro de 2022 fez com que os preços globais dos grãos disparassem. Dessa forma, o pacto buscava reduzir o preço dos produtos, segundo a Organização das Nações Unidas.
A parceria é importante porque a Ucrânia e a Rússia estão entre os maiores exportadores de commodities do mundo e impactam no preço de produtos mundialmente.
Lula criticou na segunda-feira que gastos com a guerra entre Rússia e Ucrânia em detrimento de investimento em ações de combate à fome. Ele também afirmou que as sanções impostas pelos países europeus, em razão do conflito, penalizam as populações mais vulneráveis.
"Em linha com a Carta das Nações Unidas, repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolver disputas. O Brasil apoia as iniciativas promovidas por diferentes países e regiões em favor da cessação imediata de hostilidades e de uma paz negociada. Recorrer a sanções e bloqueios sem o amparo do direito internacional serve apenas para penalizar as populações mais vulneráveis", afirmou o petista.

Fonte:G1

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