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Centenas de corpos estão sendo encontrados nas praias da Líbia

Passagem da tempestade Daniel no último domingo (10) deixou mais de 11 mil mortos e 10 mil desaparecidos.


Praia com escombros e restos das enchentes é registrada na cidade de Derna, na Líbia, em 13 de setembro de 2023 — Foto: Esam Omran Al-Fetori/REUTERS

As equipes de resgate localizadas em Derna, na Líbia, lutam diariamente para encontrar e retirar corpos de vítimas das enchentes causadas pela passagem da tempestade Daniel que atingiu o leste do país neste domingo (10).

Milhares de corpos já foram encontrados sob os escombros de casas e edifícios. Outras centenas foram vistos sem vida nas praias do país.
"Os corpos estão espalhados pelas ruas, sendo levados para a costa e enterrados sob edifícios desabados e escombros. Em apenas duas horas, um dos meus colegas contou mais de 200 corpos na praia perto de Derna", disse Bilal Sablouh, gerente regional de perícia forense do Cruz Vermelha para a África.
Mais de mil pessoas foram enterradas em valas comuns na cidade. A atitude fez com que membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) apelassem por enterros melhor geridos. “Pedimos às autoridades das comunidades afetadas pela tragédia que não se apressem com enterros ou cremações em massa”, disse o Dr. Kazunobu Kojima, médico responsável pela biossegurança e bioproteção do Programa de Emergências Sanitárias da OMS.
A declaração pedia sepulturas individuais demarcadas e documentadas, dizendo que enterros precipitados poderiam levar à angústia mental para as famílias, assim como a problemas sociais e jurídicos.
Os corpos das vítimas de traumas causados por desastres naturais "quase nunca" representaram uma ameaça à saúde, afirmou, a menos que estivessem dentro ou perto de fontes de água doce, uma vez que os cadáveres podem vazar fezes. Lidando com os mortos A Cruz Vermelha enviou um voo de carga para Benghazi, a maior cidade do leste da Líbia, na sexta-feira com 5 mil sacos para cadáveres. Outras ajudas também têm vindo do exterior.
O Conselho Norueguês para os Refugiados, que tem uma equipe de 100 pessoas na Líbia, disse que a gestão de cadáveres é a preocupação mais urgente.
O chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, disse no briefing de Genebra que a Líbia precisava de equipamentos para encontrar pessoas presas em lamas e edifícios danificados após as inundações, bem como cuidados de saúde primários para evitar um surto de cólera entre os sobreviventes.

FONTE: G1

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