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Celso Amorim viaja à Venezuela e quer conversar com Maduro e Edmundo González


O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, embaixador Celso Amorim, viajou na sexta-feira (26) para Caracas. Enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Amorim acompanhará as eleições na Venezuela, marcadas para domingo (29).

Interlocutores ouvidos pela reportagem contam que a agenda de Amorim não está fechada, mas a intenção dele é se encontrar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o candidato de oposição, Edmundo González. O objetivo é reforçar o posicionamento do Brasil a favor da democracia e de eleições transparentes.

Em meio a um pleito polarizado, Nicolás Maduro, no poder há 11 anos, busca a sua terceira reeleição. Do lado da oposição, Edmundo González disputa as eleições presidenciais pela primeira vez. Diplomata, González foi escolhido após María Yoris e Corina Yoris serem impedidas de se candidatar, devido a indícios de perseguição política e fraudes pela Justiça venezuelana.

Segundo uma fonte próxima a Amorim, ambos os candidatos demonstraram disposição em receber o principal conselheiro de Lula para políticas externas. No dia da votação, é provável que o embaixador acompanhe o processo eleitoral a partir da embaixada brasileira em Caracas.

Celso Amorim chegará ao país vizinho em meio o início de uma crise entre o presidente Lula e Nicolás Maduro, que são aliados históricos. De acordo com institutos de pesquisa eleitoral da Venezuela, existe a possibilidade de Maduro perder o pleito.

Diante disso, ele subiu o tom nos últimos dias e fez ameaças, ao dizer que haveria um “banho de sangue” no país caso não vencesse as eleições. Ao ser questionado sobre o tema, Lula afirmou que ficou “assustado” com a declaração do líder venezuelano.

Em resposta, Maduro declarou quem estivesse assustado deveria tomar um chá de camomila. Ele também questionou o sistema eleitoral brasileiro, afirmando que as urnas eletrônicas não são auditáveis. Após isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de mandar observadores para acompanhar o pleito.

“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo", disse o TSE por meio de nota à imprensa.
Fonte: O Tempo

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