Caminhões com substâncias químicas que caíram de ponte estão intactos
Os tanques dos três caminhões que caíram no Rio Tocantins após o colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira permaneceram intactos, o que diminui significativamente o risco de vazamento e contaminação ambiental.
Os caminhões transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas. A confirmação foi feita nesta quinta-feira (26) por Caco Graça, supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). “O pior cenário seria se a carga tivesse vazado durante a queda, mas isso não ocorreu. Os tanques estão preservados, como verificado pelo sonar da Marinha e pelas equipes técnicas da Sema”, afirmou Graça.
Ele acrescentou em entrevista à TV Mirante que, durante a retirada dos produtos contaminantes, uma quantidade muito pequena de substâncias químicas poderia entrar em contato com a água, mas sem representar riscos graves à saúde humana ou ao meio ambiente.
"Segundo a Agência Nacional de Águas, mesmo que toda a carga tivesse vazado no rio, a diluição no corpo d'água evitaria grandes danos à vida humana. No entanto, a área ao redor sofreria contaminação, e mudanças no pH poderiam matar a fauna local. Por isso, é importante que as pessoas não se aproximem do local, nem mesmo em embarcações", explicou o supervisor. Ele também ressaltou que o risco de contaminação ambiental é pequeno.
Graça também informou que o local do acidente está estável e sem riscos de contaminação no momento, com a Sema monitorando constantemente o pH da água, um indicador essencial para identificar qualquer vazamento.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) já confirmou, em um parecer técnico emitido na terça-feira (24), que a água do Rio Tocantins está livre de contaminação, o que levou o governador do Maranhão, Carlos Brandão, a autorizar a retomada imediata da captação de água para o abastecimento de Imperatriz.
O supervisor da Sema explicou que, após o término das buscas pelas vítimas, será implementado um plano específico para a remoção do material contaminante. “O processo mais provável será retirar o material antes de remover os caminhões. Isso requer uma operação cuidadosa, com equipes técnicas que já estão no local. São duas empresas envolvidas e a Sema coordena todas as ações, dentro de um plano de atendimento a emergências”, disse Graça.
Ele ainda orientou que as pessoas evitem o contato com qualquer embalagem nas proximidades do Rio Tocantins. Caso encontrem materiais, especialmente bombonas de 20 litros com herbicidas, devem informar as empresas responsáveis ou as autoridades para garantir que o material seja retirado de forma segura, sem risco de contaminação.