Café arábica recua após atingir maior preço em 13 anos, influenciado por incertezas regulatórias
Os contratos futuros do café arábica recuaram nesta segunda-feira (18), após alcançarem a maior cotação em 13 anos. O preço do produto na Bolsa de Nova York (ICE) caiu 0,4%, fechando em US$ 2,822 por libra-peso, após atingir US$ 2,9150 durante a sessão, o maior valor desde maio de 2011.
A alta inicial refletiu preocupações com a oferta nas Américas Central e do Sul. No Brasil, principal produtor mundial, a safra perdeu parte de seu potencial devido à seca registrada no início do ano. Além disso, a depressão tropical Sara causou estragos em Honduras, maior produtor da América Central, com enchentes que destruíram plantações de café.
Analistas também apontam fatores regulatórios como determinantes para a volatilidade. A incerteza sobre o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR) e temores de tarifas impostas pelos Estados Unidos adicionam pressão ao mercado.
Já o café robusta, negociado para entrega em janeiro, recuou 0,8%, fechando a US$ 4.735 por tonelada.
Outros produtos:
O açúcar bruto apresentou recuperação após seis semanas de perdas consecutivas. O contrato para março subiu 2,9%, fechando a US$ 22,20 por libra-peso, enquanto o açúcar branco registrou alta de 3,3%, a US$ 573,50 por tonelada.
Especialistas do Rabobank destacam que as incertezas políticas e climáticas continuam sendo fatores de influência significativa para os preços dos produtos agrícolas no mercado internacional.
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