top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

BYD é investigada por trabalho análogo à escravidão em fábrica na Bahia

BYD é investigada por trabalho análogo à escravidão em fábrica na Bahia
Divulgação
A montadora chinesa BYD está no centro de uma investigação trabalhista no Brasil após denúncias de que 163 trabalhadores chineses foram encontrados em condições análogas à escravidão durante a construção de sua fábrica em Camaçari, Bahia. Os trabalhadores, contratados pela empreiteira Jinjiang, estavam com vistos irregulares e, segundo a auditora fiscal do trabalho Liane Durão, muitos já deixaram o país.

A investigação revelou que, no total, cerca de 500 chineses foram trazidos para o Brasil pela empresa. “Tudo isso foi irregular”, declarou Durão, confirmando que a BYD será multada por cada trabalhador em situação irregular. Em resposta, a montadora comprometeu-se a ajustar as condições dos funcionários que permanecerão no país de acordo com as leis trabalhistas brasileiras.

Denúncias e impacto nas operações
Em dezembro, o Ministério Público do Trabalho classificou os trabalhadores como vítimas de tráfico humano, apontando que passaportes de 107 deles haviam sido retidos pela Jinjiang. A situação levou o governo brasileiro a suspender a emissão de vistos temporários para a BYD.

Apesar das alegações, uma fonte próxima à BYD afirmou que a empresa acredita que os vistos foram emitidos corretamente e que os trabalhadores vieram voluntariamente. A montadora anunciou ter encerrado relações com a empreiteira Jinjiang, que contesta as acusações.

Expansão global e tensões bilaterais
A fábrica de Camaçari, com investimento de 620 milhões de dólares e capacidade inicial para produzir 150 mil carros por ano, é fundamental para a expansão global da BYD. O Brasil é o maior mercado da marca fora da China, representando quase 20% das vendas internacionais da montadora em 2024.

Entretanto, as irregularidades podem prejudicar a relação entre Brasil e China, um parceiro estratégico para investimentos no país. Além disso, as acusações trazem atenção indesejada à BYD, que busca consolidar sua posição no mercado global de veículos elétricos.

Autoridades brasileiras e representantes da BYD discutiram nesta terça-feira (7) medidas para garantir os direitos dos trabalhadores. Enquanto isso, inspetores do trabalho continuarão monitorando o canteiro de obras para evitar novas infrações.
Fonte: InfoMoney

Comments


bottom of page