Brasil exporta 20 mil frascos de spray de pimenta à Venezuela antes de eleições contestadas
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O Brasil exportou 20 mil frascos de spray de pimenta para a Venezuela às vésperas das eleições presidenciais de julho de 2024, realizadas sob um ambiente de alta tensão política no país vizinho. Os carregamentos passaram pela cidade de Pacaraima, em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela e é frequentemente usada como ponto de entrada e saída de mercadorias.
A exportação foi autorizada pelo Ministério da Defesa e pelo Exército Brasileiro, que afirmaram seguir todas as normas vigentes. No entanto, o envio do material, amplamente utilizado por forças de segurança para controle de manifestações, gerou questionamentos devido às acusações de repressão a opositores no regime de Nicolás Maduro.
Contexto e impacto
Segundo um relatório da ONU, protestos contra o governo venezuelano durante o período eleitoral foram reprimidos com detenções arbitrárias e outras violações de direitos humanos. O regime de Maduro rejeitou as acusações, classificando-as como "vulgares" e fruto de interesses externos, especialmente dos Estados Unidos.
A identidade da empresa brasileira responsável pela venda dos sprays não foi revelada, e o governo venezuelano não comentou a operação. Não se sabe se a compra foi realizada por empresas privadas ou diretamente pelo governo de Maduro.
Posse de Nicolás Maduro
Nesta sexta-feira (10), Nicolás Maduro tomou posse para seu terceiro mandato, que deve durar até 10 de janeiro de 2031. A cerimônia, realizada em Caracas, contou com cerca de 2 mil convidados internacionais, incluindo representantes de governos, movimentos sociais e culturais.
A reeleição de Maduro foi amplamente criticada por países como Estados Unidos, Canadá, Argentina e Chile, que alegaram fraude eleitoral e falta de transparência. Governos regionais, incluindo Colômbia e Brasil, também demonstraram preocupação, mas enviaram representantes à posse.
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