top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Brasil despenca 10 posições em ranking sobre percepção da corrupção

O Brasil despencou 10 posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado pela entidade Transparência Internacional na terça-feira (30). O país perdeu dois pontos na medição do índice global. Como resultado, registrou 36 pontos e ficou na 104ª posição entre 180 países listados.
"Os 36 pontos alcançados em 2023 representam um desempenho ruim que coloca o Brasil abaixo da média global (43 pontos), da média regional para Américas (43 pontos), da média dos BRICS (40 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos)", avaliou a entidade.
Desde 2012, o Brasil só atingiu menor patamar em 2018 e 2019, quando ficou com 35 pontos. O pico foi registrado em 2012 e 2014, com 43 pontos. O IPC considera a avaliação de especialistas e empresários sobre a integridade do setor público desde 1995. São atribuídas notas em uma escala de zero a 100 e quanto maior, melhor é a percepção de integridade.
Lideram o ranking Dinamarca (90 pontos), Finlândia (87) e Nova Zelândia (85). Completam a lista dos dez países com a melhor percepção sobre corrupção: Noruega (84), Cingapura (83), Suécia (82), Suíça (82), Holanda (79), Alemanha (78) e Luxemburgo (78).
O resultado foi marcado pela transição de governos com posições opostas, com a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o primeiro ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A diferença de políticas entre os dois teve impacto no resultado, de acordo com a entidade, que não isentou o novo governo.
"Os anos de Jair Bolsonaro na Presidência da República deixaram a lição de como, em poucos anos, podem ser destruídos os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir, e o primeiro ano de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência deixa a lição de como é (e ainda será) desafiadora a reconstrução", disse a Transparência Internacional.
"De modo geral, o novo governo vem falhando na reconstrução dos mecanismos de controle da corrupção e, junto deles, do sistema de freios e contrapesos democráticos. Mas a responsabilidade não é só do Poder Executivo e houve alguns avanços importantes", acrescentou a entidade.
Foram citados nominalmente como fatores, o "desmonte" do pilar jurídico promovido pelo governo Bolsonaro e a indicação por Lula de seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Também, a articulação do Centrão pela liberação de emendas em "arranjo prejudicial" com o governo.
Fonte: O Tempo

Comments


bottom of page