Bolsonaro planeja candidatura ao Planalto com estratégia semelhante à usada por Lula
Apesar de inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro planeja se candidatar à Presidência da República em 2026, utilizando uma estratégia semelhante à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Bolsonaro pretende ingressar com um pedido de liminar para validar sua candidatura, mesmo com chances de indeferimento.
Em 2018, Lula foi substituído na chapa do PT após o indeferimento de sua liminar. Na ocasião, Fernando Haddad assumiu a candidatura à Presidência e Manuela D’Ávila foi designada vice. A legislação permite a substituição de candidatos até 20 dias antes das eleições, uma brecha que Bolsonaro também pode usar.
Aliados confirmam que Bolsonaro lançará sua candidatura com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como vice. Caso seja impedido pela Justiça, Eduardo assumiria a cabeça de chapa, mantendo a estratégia política até o limite do prazo eleitoral.
Especialistas explicam que a candidatura, mesmo sendo alvo de recursos e possível rejeição, altera o ambiente eleitoral. Enquanto a análise da liminar ocorre, o nome do candidato permanece em evidência.
Na última semana, a Polícia Federal pediu o indiciamento de Bolsonaro e mais 36 pessoas ao STF, incluindo generais e militares ligados ao ex-presidente. Apesar disso, juristas ressaltam que indiciamentos não são condenações e que uma decisão final é necessária para afetar legalmente as candidaturas.
