Bitcoin bate recorde de US$ 106 mil, impulsionado por planos de reserva estratégica nos EUA

Reprodução

O Bitcoin atingiu um novo recorde histórico ao ultrapassar US$ 106 mil nesta segunda-feira (16). O avanço foi impulsionado por declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu a criação de uma reserva estratégica de bitcoin no país, nos moldes da reserva de petróleo. A medida gerou entusiasmo no mercado e aumentou a confiança de investidores em relação às criptomoedas.

A maior criptomoeda do mundo alcançou US$ 106.533, antes de recuar levemente para US$ 104.493, ainda acumulando uma alta de 192% no ano. Outras moedas digitais também se valorizaram, como o ether, que subiu 1,2%, chegando a US$ 3.952.

Analistas apontam que o anúncio de Trump marca um possível ponto de inflexão no mercado global de criptomoedas, com os EUA buscando liderança no setor. "Queremos ser os líderes neste mercado e evitar que países como a China assumam o controle", declarou Trump.

O otimismo foi reforçado pela inclusão da empresa MicroStrategy no índice Nasdaq 100, após seu grande investimento em bitcoin. Essa mudança pode atrair mais investidores institucionais para o mercado.

No entanto, analistas alertam que a criação de uma reserva estratégica de bitcoin, caso se concretize, enfrentará desafios logísticos e regulatórios. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, comparou recentemente o bitcoin ao ouro, mas apontou que o ativo digital ainda está longe de substituir moedas fiduciárias como reserva primária.

Atualmente, os governos ao redor do mundo possuem 2,2% do fornecimento total de bitcoin, com os Estados Unidos controlando cerca de 200 mil unidades, avaliadas em mais de US$ 20 bilhões. Outras nações, como China, Reino Unido e El Salvador, também possuem quantidades significativas.

Apesar de divergências sobre a regulamentação, o mercado permanece otimista com a possibilidade de maior adoção institucional, sinalizando um futuro promissor para as criptomoedas.