Atlético-MG vence e traz chance de recomeço dentro do Brasileirão
O Atlético-MG venceu o São Paulo. Ufa! Depois de 10 jogos seguidos sem triunfar - algo que quem nasceu na década de 1990 para frente nunca havia vivenciado -, o Galo deu o primeiro sinal de correção de rota no Brasileiro. Isso às vésperas do jogo de vida ou morte na Copa Libertadores.
Mas este texto é uma reflexão sobre como o resultado contra o Tricolor precisa ter um ar de "recomeço" justamente na Série A, uma competição que o Galo terá até o fim do ano. Diante do Palmeiras, é claro, tudo pode acontecer, inclusive a própria passagem de um time inferior. É mata-mata.
Porém, mesmo se vier a eliminação na quarta-feira, ela não pode anular o que o Galo conseguiu fazer no Morumbi, ainda que tenha muito a melhorar. O Atlético foi organizado defensivamente, conseguiu suportar a pressão do Tricolor e de um estádio lotado. Se não tão brilhante no ataque, o Galo contou com o iluminado Hulk em novo gol lendário de falta, além da ótima entrada de Patrick, crucial.
Ainda por cima, o time teve em Matheus Mendes uma grata surpresa. Imagina ficar quase 900 dias sem atuar, tendo apenas três jogos oficiais de lastro? Mendes esbanjou frieza e segurança. Ainda fez a defesa no que seria o gol de empate de Calleri. Na sequência, Patrick sofreu pênalti de Lucas, e Pavón decretou a vitória.
É o sentimento de alívio para todos dentro do Atlético, e, claro, no torcedor. O desafio de quarta-feira é bem maior. Felipão deixou isso claro, ao ser perguntado se era possível comparar as situações. O Galo irá enfrentar um time mais sólido, com trabalho longevo, diante da sua torcida, e com o placar a favor.
Felipão deverá repetir o time, mantendo o esquema com dois volantes. A defesa do Atlético se saiu muito bem na vitória, destaque novamente para Igor Rabello, mas também para os dois laterais e o goleiro. Matheus Mendes, reserva, deverá voltar ao banco e dar lugar a Everson.
No ataque, Hulk brilhou no gol de falta, uma pancada do meio da rua, que poucos no mundo são capazes de reproduzir. Porém, Felipão brincou que ele perdeu "outro gol inacreditável", sem goleiro. O artilheiro e craque, poderia ter finalizado melhor e também ter tocado uma bola quando conseguiu boa arrancada, mas deu um toque a mais no drible contra Diego Costa (que fez lindo desarme).
Ainda é possível que Paulinho e Pavón ajudem mais Hulk nas conectividades, triangulações, e criação de espaços. Felipão foi feliz ao acionar Igor Gomes e Patrick. O segundo, mais desacreditado, soma créditos. Entrou bem, deu um gol para Hulk, sofreu o pênalti. Ele se tornou uma boa alternativa no Allianz Parque.
O Atlético não sabe se irá continuar na Libertadores e vai com injeção de ânimo para quarta-feira, mesmo sabendo que o favoritismo é todo de um cascudo Palmeiras. É saber jogar com esse rótulo de "outsider" na decisão e transportar o que foi feito no Morumbi para o jogo contra o Bahia e o segundo turno da Série A, que precisa ser totalmente diferente.
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