Assassinato de candidato à Presidência do Equador tinha alta chance de ocorrer
O assassinato de um candidato a presidente no Equador tinha realmente uma alta probabilidade de ocorrer.
O Equador é apenas o mais recente país latino-americano a registrar um rastro de sangue na esteira da expansão do crime organizado. No caso equatoriano, principalmente por quadrilhas especializadas no tráfico de drogas.
Esse tipo de ocorrência, o da violência política executada pelo crime organizado, era normalmente associado à Colômbia e ao México.
O Equador era um país relativamente tranquilo até ser integrado ao grande esquema de abastecimento de cocaína do mercado europeu.
Embora não seja um produtor da droga, passou a ser um dos principais países de origem nas mais de 90 toneladas apreendidas apenas em um grande porto europeu no ano passado, o de Antuérpia.
Não há ainda evidências de conivência do crime com os níveis mais altos de governo no Equador, como aconteceu em Honduras, na América Central.
Porém, surgem sinais de cumplicidade nas polícias, no sistema prisional, nas forças armadas e no judiciário equatorianos.
O temor é que o país acabe se tornando um estado falido.
Miséria, desigualdade social e muita corrupção são fatores que se poderia genericamente associar a quase todos os países latino-americanos.
Cabe acrescentar que no Equador há a presença sufocante do crime organizado.
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