Argentina negocia acordo com EUA para evitar novas tarifas comerciais
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O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, viaja nesta terça-feira (1º) a Washington para se reunir com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em um esforço para estabelecer as bases de um acordo comercial entre os dois países. A movimentação ocorre em meio à iminência da imposição de novas tarifas pelo governo norte-americano, liderado pelo presidente Donald Trump.
A visita de Werthein acontece um dia antes do esperado anúncio de Trump sobre tarifas recíprocas, marcado para 2 de abril. A medida, chamada pelo presidente dos EUA de "Dia da Libertação", deve impactar diversos países e alterar significativamente o comércio global.
Governos ao redor do mundo buscam formas de evitar as tarifas e firmar novos acordos com os Estados Unidos. Para a Argentina, que teve um comércio bilateral de US$ 13 a US$ 16 bilhões com os EUA em 2023 e é grande produtora de grãos, lítio e energia, a aproximação com Washington se torna estratégica.
Antes da viagem, o governo argentino afirmou que a reunião entre Werthein e Rubio visa "fortalecer a aliança estratégica" entre os dois países. Além disso, encontros com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, terão como foco a ampliação das relações comerciais e a construção de um caminho para um acordo comercial duradouro.
Desde que assumiu a presidência em 2023, Javier Milei tem defendido uma política econômica de livre mercado e busca um acordo comercial com os Estados Unidos. Neste ano, os esforços se intensificaram, impulsionados pela necessidade de resguardar a economia argentina das possíveis sanções comerciais norte-americanas.
Milei também tem se aproximado de figuras influentes nos EUA. Além de ser o primeiro líder mundial a visitar Trump após sua eleição, o presidente argentino foi um dos poucos chefes de Estado presentes na posse do republicano. Trump, por sua vez, já se referiu a Milei como seu "presidente favorito".
Além disso, Milei tem mantido encontros frequentes com o bilionário Elon Musk. Sua política de cortes no setor público, simbolizada pela "motosserra econômica", tem servido de inspiração para propostas semelhantes em agências federais dos EUA.
Com os desdobramentos das negociações, a Argentina busca consolidar sua posição no comércio internacional e evitar prejuízos em um cenário de crescentes tensões comerciais globais.
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