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Após governo cancelar atos, ministros de Lula se manifestam nos 60 anos do golpe

A ordem expressa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi para que órgãos do governo não organizassem ou promovessem eventos relacionados aos 60 anos do golpe militar, decretado em 31 de março de 1964. Apesar disso, nove dos 38 ministros de Estado não deixaram de publicar mensagens em alusão à data em suas redes sociais. O tom de todas as publicações foi crítico ao regime da ditadura.
A ordem para que eventos não fossem organizados diretamente pelo governo foi amparada em uma cautela por parte de Lula, considerando os desafios em relação à sua popularidade e às eleições municipais deste ano. O petista também busca manter uma boa relação com a alta cúpula militar, tentando estabelecer uma proximidade crescente com os comandantes militares.
Nem Lula, nem a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, publicaram qualquer texto sobre a data. Pelo menos nove dos 38 ministros se manifestaram no domingo (31), especialmente pelo X (antigo Twitter). Um deles foi Silvio Almeida, chefe dos Direitos Humanos e da Cidadania, pasta que ia divulgar uma campanha sobre a data, mas teve que voltar atrás após a orientação.
"Por que ditadura nunca mais? Porque queremos um país social e economicamente desenvolvido, e não um “Brasil interrompido” Porque queremos um país soberano, que não se curve a interesses opostos aos do povo brasileiro Porque queremos um país institucional e culturalmente democrático Porque queremos um país em que a verdade e a justiça prevaleçam sobre a mentira e a violência Porque queremos um país livre da tortura e do autoritarismo Porque queremos um país sem milícias e grupos de extermínio", escreveu Almeida.
Também estão na lista de quem preferiu lembrar os 60 anos da ditadura: Cida Gonçalves, Paulo Pimenta, Jorge Messias , Camilo Santana, Silvio Costa Filho, Carlos Lupi, Paulo Teixeira e Sonia Guajajara.
Guajajara citou os efeitos do golpe militar na população indígena. "A ditadura promoveu um genocídio dos nossos povos e também de nossa cultura. Milhares de indígenas foram assassinados e muitos mitos construídos entre militares para justificar um extermínio – muitos discursos perversos que até hoje são utilizados para tentar refutar nosso direito constitucional ao território. Precisamos refletir sobre um processo de reparação do Estado também em relação ao que aconteceu contra os nossos povos neste período", escreveu a ministra.
Jorge Messias publicou uma foto da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o “Banco do Brics”. A petista foi torturada por militares no período da ditadura. "Democracia sempre!!! Minha homenagem nesta data é na pessoa de uma mulher que consagrou sua vida à defesa da Democracia, Dilma Rousseff. Que a Luz da Democracia prevaleça, sempre. Essa é a causa que nos move", publicou.
Fonte: O Tempo

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