Apesar de crise fiscal, governo aumenta salários de comissionados em até 30%!
Mesmo em um contexto de discussões intensas sobre a necessidade de cortar gastos públicos, o governo federal está preparando uma proposta para enviar ao Congresso, que inclui um reajuste salarial para servidores comissionados ou em funções gratificadas. Esse aumento pode variar entre 9% e 30%, impactando profissionais que ocupam cargos de confiança, geralmente nomeados sem concurso público e que assessoram diretamente ministros ou lideranças de órgãos e agências.
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), liderado pela ministra Esther Dweck, explicou que a decisão foi tomada no final de 2023 durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (conhecido como Conselhão). Este órgão reúne membros da sociedade civil, da academia, do setor privado e do governo para debater políticas de desenvolvimento social e econômico.
De acordo com uma nota oficial do MGI, os salários dos comissionados estão defasados há anos em comparação com outras carreiras típicas de estado, justificando a necessidade do reajuste. Como exemplo, o secretário-executivo, que é o segundo cargo mais alto em um ministério e substituto imediato de um ministro, recebe atualmente R$ 18.887,14. Esse valor é inferior ao de outras posições estratégicas na administração pública.
Essa medida tem gerado repercussões em meio ao atual cenário de contenção de despesas, com a opinião pública e especialistas debatendo se o momento seria adequado para conceder aumentos salariais a esse grupo específico.
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