Alta do Dólar: Entenda os Fatores por Trás da Elevação
Nesta quarta-feira, 12 de junho, o dólar registrou uma forte alta, ultrapassando a marca de R$ 5,40 pela primeira vez em 18 meses. A moeda americana fechou o dia cotada a R$ 5,407 na venda, representando uma alta de 0,86%. Este nível não era observado desde 4 de janeiro de 2024, quando o dólar fechou a R$ 5,452. A seguir, exploramos os principais fatores que contribuíram para essa alta.
Contexto Nacional: Desafios Fiscais do Governo
A recente valorização do dólar está intimamente ligada aos desafios fiscais enfrentados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após a derrota do governo em medidas para compensar a desoneração da folha de pagamentos, o mercado reagiu negativamente. Três propostas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reorganizar a arrecadação foram rejeitadas pelo Congresso:
Estas derrotas legislativas resultaram em um aumento do risco fiscal percebido, já que a equipe econômica declarou não possuir outras alternativas para compensar a renúncia fiscal de R$ 25 bilhões.
Impacto das Declarações Presidenciais
Além das derrotas no Congresso, declarações do presidente Lula sobre a economia durante um evento no Rio de Janeiro também contribuíram para a volatilidade do mercado cambial. A percepção de incerteza política e econômica reforçou a tendência de alta do dólar.
Influência Internacional: Políticas do Federal Reserve
No cenário internacional, as sinalizações do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, tiveram um papel crucial. Nesta quarta-feira, o Comitê do Banco Central norte-americano indicou apenas um corte de juros para este ano e afirmou que não seria adequado diminuir o intervalo da meta até que haja maior confiança de que a inflação está se dirigindo de forma sustentável para 2%. Esta postura contribuiu para o fortalecimento global do dólar.
A alta do dólar nesta quarta-feira pode ser atribuída a uma combinação de fatores internos e externos. Internamente, a derrota do governo em medidas fiscais e declarações do presidente aumentaram o risco fiscal. Externamente, as sinalizações do Fed fortaleceram a moeda americana globalmente.
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