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Aliados de Lula evitam demonstrar incômodo com espaço dado ao Centrão no governo


Reprodução

A recente reacomodação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Esplanada dos Ministérios para dar lugar a partidos do Centrão tem sido assunto evitado nos corredores do Congresso Nacional por parlamentares que integram a chamada base aliada.
O entendimento é o de que, mesmo que o assunto desagrade e vá na contramão de discursos já feitos pelo mandatário, Lula sabe que precisa “jogar com o que tem”. Essa avaliação foi feita por um aliado de primeira hora do presidente, que minimizou incômodos com a minirreforma ministerial.
No início de setembro, foram anunciados para o primeiro escalão do governo Sílvio Costa Filho, do Republicanos, como ministro de Portos e Aeroportos, e André Fufuca, do PP, como ministro do Esporte.
O silêncio sobre a decisão de Lula ocorre pelo sentimento de que fazer política inclui construir acordos e, consequentemente, acomodar partidos que em algum momento estiveram em campo de oposição.
Tanto o PP, quanto o Republicanos formaram coligação, nas eleições do ano passado, com o PL de Jair Bolsonaro, inimigo político declarado de Lula. Mas, historicamente, o Centrão é conhecido por ser um grupo político que une partidos e blocos que costumam se adaptar ao governo em vigor na intenção de consolidar apoio a propostas de interesse.

PSB saiu perdendo
Nos bastidores, o consenso é o de que um incômodo maior atingiu o PSB, sigla do vice-governador, Geraldo Alckmin. A legenda perdeu a pasta de Portos e Aeroportos, então comandada por Márcio França. Para reduzir o mal-estar, Lula criou o Ministério do Empreendedorismo e da Microempresa e o designou a França.
O líder do PSB na Câmara, deputado Felipe Carreras (PE), chegou a afirmar publicamente que a bancada não foi consultada pelo governo sobre a troca ministerial. “Qualquer mudança vai ter deputado achando que poderia ter sido mais valorizado”, disse outra fonte que atua com deputados governistas dentro do Congresso Nacional, ressaltando o sentimento dentro do Parlamento de que “está tudo bem” Lula jogar com as cartas que tem sobre a mesa.

Representatividade
Até mesmo a perda de força no discurso de Lula pela ampliação da representatividade feminina foi minimizada pelo jogo político. Isso porque, apesar de ter sido eleito sob um dos motes de diversidade, duas ministras mulheres já caíram para a acomodação de homens no governo.
É a situação de Ana Moser, que chefiava o Ministério do Esporte que agora tem Fufuca, e Daniela Carneiro, que comandava o Turismo - agora com Celso Sabino. Nas últimas semanas, houve especulação, ainda, sobre a eventual saída de Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica Federal.
Fonte: O Tempo

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