AGU avalia resposta da Meta sobre mudanças em programa de checagem de fatos
O governo brasileiro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), está avaliando de maneira técnica e cuidadosa a resposta da Meta sobre as recentes alterações no programa de checagem de fatos nas plataformas do grupo, como Facebook, Instagram e WhatsApp. A manifestação da empresa, enviada na última hora do prazo, às 23h50 de segunda-feira (13), será discutida em uma reunião com os ministérios da Justiça, Direitos Humanos e a Secretaria de Comunicação da Presidência.
De acordo com o ministro Jorge Messias, a análise busca compreender os impactos reais das mudanças no cotidiano digital dos brasileiros. A Meta está sob questionamento após alterar suas regras de conteúdo, levantando preocupações sobre a disseminação de informações falsas em suas plataformas. "Importante sabermos qual é o impacto real dessas mudanças na vida dos brasileiros," afirmou Messias.
A Meta alegou que as alterações foram implementadas para atender às novas demandas do mercado digital, mas a resposta, embora extensa, não trouxe esclarecimentos suficientes para tranquilizar o governo. A AGU avalia possíveis medidas judiciais caso as mudanças não estejam alinhadas com as regulamentações vigentes ou comprometam a segurança digital no Brasil.
O caso levanta debates sobre o papel das big techs na manutenção da transparência e da responsabilidade digital, especialmente em um país como o Brasil, que enfrenta desafios na regulação de plataformas e no combate à desinformação.
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