top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Agenda 21 & Cidadania - 19/05/2023

  • gazetadevarginhasi
  • 19 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura



Reflorestamento, sequestro de carbono e investimento


Produzimos, em todo o planeta, atualmente, por ano, 50 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa. No Acordo de Paris em 2015 avaliou-se que este número precisaria cair para 10 bilhões por ano para conter o aquecimento global. O mesmo acordo definiu o objetivo de alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
O reflorestamento e o cuidado com as matas que ainda temos é fundamental para que alcancemos essas metas. As árvores estocam, naturalmente, o carbono dentro de suas estruturas durante o processo de fotossíntese. Assim, elas “guardam” o gás carbônico, impedindo que ele vá para a atmosfera.
Nos últimos anos, devido à urgência de uma ação concreta a este respeito e como, parece, a preservação da vida humana na Terra não tenha sido motivação suficiente, criou-se um atrativo financeiro para essa conservação ambiental. Trata-se do comércio de carbono, um mecanismo de mercado em que se fixa um preço para o carbono, ou seja, as emissões de Gases de Efeito Estufa. As empresas podem comprar e vender créditos de carbono, que são títulos negociáveis que representam uma tonelada de reduções de emissões equivalentes de dióxido de carbono (CO2) de um projeto.
Com isso, surgiram empresas especializadas em fazer o reflorestamento para que haja sequestro do carbono, gerando os créditos, que são adquiridos pelas empresas que poluem ou desmatam e necessitam se adequar à lei, compensando a emissão de gases.
Para saber qual a quantidade de carbono estocada por uma arvore é necessário medir sua altura e largura, além de analisar a espécie.
Há, no Brasil, um grande potencial para esse setor, já que temos a maior floresta tropical do mundo com cerca de 20% de sua área desmatada. A lei do nosso país determina que as fazendas na região amazônica tenham 50% de área com florestas, o que quase nunca é respeitado.
Segundo Peter Fernandez, fundador da Mombak, uma dessas empresas de reflorestamento, em entrevista à jornalista Adriana De Luca da CNN:”O investimento em restauração ambiental agora é atrativo porque gera receita. Antigamente era só a filantropia.”
O mercado de carbono é um setor novo que tem crescido muito a cada ano no mundo todo. Um bom exemplo de que conservação ambiental e desenvolvimento financeiro podem (e devem) estar do mesmo lado.

* Luciane Madrid Cesar
Artigo gentilmente cedido pela autora a título de colaboração com a Agenda 21 Local.
Engº Alencar de Souza Filgueiras
Presidente do Fórum Agenda 21 Local
Presidente do Conselho Fiscal do IBAPE/MG
Contato: agenda21localvarginha@gmail.com

コメント


Gazeta de Varginha

bottom of page