No último dia 30 de março foi comemorado o primeiro Dia Internacional Lixo Zero, instituído pela Organização das Nações Unidas no intuito de promover padrões sustentáveis de consumo e produção. Segundo a ONU, todos os anos, 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos são gerados no mundo, mas 33% desse total não recebe tratamento adequado. Essa parcela acaba no meio ambiente, poluindo o solo, rios e mares e prejudicando a vida em todas as esferas.
Numa mensagem especial sobre esse dia o secretário-geral da ONU António Guterres enfatiza que “a crise do lixo está minando a capacidade da Terra de sustentar a vida. Os resíduos custam à economia global milhares de milhões de dólares por ano. (...) Ao tratarmos a natureza como um depósito de lixo estamos cavando nossa própria sepultura.”
O objetivo de se estabelecer uma data para essa luta é convocar todas as partes interessadas – governo, sociedade civil, empresas, universidades, comunidades - a se envolverem em atividades que objetivem a conscientização e a ação a respeito do assunto.
Atualmente, o padrão de consumo utilizado é o linear, onde o descarte é a última parte do processo: pegue o recurso, faça o produto, use e descarte. É extremamente necessário e urgente mudarmos este padrão, incorporando a economia circular, onde o recurso para a produção é minimamente retirado da natureza e vem, em sua grande maioria, da reciclagem ou reutilização de produtos já produzidos.
Inger Andersen, diretora do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) lembra que “temos o conhecimento técnico e o impulso para inovar. Temos o conhecimento para encontrar soluções para a crise dos resíduos”
Guterres anunciou em seu pronunciamento, a realização de uma reunião, em Nova Iorque, para a promoção de uma plataforma de troca de experiências entre Estados-membros da ONU. As boas práticas compartilhadas para o sucesso global.
Enquanto sociedade civil, é imprescindível que adotemos a consciência dos cinco R’s do consumo responsável: recuse, reduza, reuse, redesenhe, recicle.
O momento é agora. O Futuro é hoje. E se não agirmos, este será o último futuro da espécie humana!
* Luciane Madrid Cesar
Artigo gentilmente cedido pela autora a título de colaboração com a Agenda 21 Local.
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