São julgamentos automáticos e involuntários que fazemos com base nas informações que absorvemos ao longo da vida.
Eles podem ser moldados por fatores históricos, culturais ou sociais e geram conceitos pré-concebidos em relação a grupos ou indivíduos, principalmente com base em características como cor da pele, gênero, idade, posição social ou origem étnica. Tendemos a interpretar esses conceitos como verdades porque, do nosso ponto de vista, parece ser natural. Isso pode ter impactos negativos em nossa maneira de agir e pensar em relação a outras pessoas, fazendo-nos atuar de forma preconceituosa, muitas vezes sem perceber.
Essa faceta da mente humana tem origem nas seguintes situações:
1. associações equivocadas – quando, por exemplo, se associa comunidades periféricas com a violência e se presume que todos os moradores de comunidades são violentos;
2. Exposição limitada - são as chamadas “bolhas sociais”, quando se convive apenas com pessoas que pensam e vivem como nós e assim se constrói a ideia equivocada de que quem age ou vive de forma diferente está errado ou é ruim.
3. Influências culturais - um bom exemplo é o sistema da sociedade patriarcal, onde homens mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança e controle e na família, o pai tem a autoridade sobre mulheres e crianças. Quando se vive desta forma por longo tempo e há várias gerações, muitas vezes, não se consegue perceber a possibilidade de outro modo de vida mais harmonioso, com direitos iguais.
Promover a diversidade em todos os ambientes; conviver com pessoas diferentes de nós; estarmos abertos ao conhecimento de outras realidades, culturas, religiões; questionar periodicamente nossas “certezas” – são formas de identificarmos e, assim, aprendermos a lidar com nossos vieses inconscientes.
Combatendo nossos preconceitos trabalhamos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
* Luciane Madrid Cesar
Artigo gentilmente cedido pela autora a título de colaboração com a Agenda 21 Local.
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